O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), criticou nesta 4ª feira (17.dez.2025) o que avaliou ser um “excesso de PECs, excesso de leis”. Em depoimento à CPI do Crime Organizado, no Congresso Nacional, afirmou que o governo federal precisa “verdadeiramente apoiar os Estados com recursos”, cumprir suas atribuições no controle de fronteiras, portos e aeroportos, e “não criar mais dificuldades” para a atuação das forças de segurança estaduais.
O colegiado, instalado em 4 de novembro, investiga o avanço de facções criminosas, o envolvimento de agentes públicos e as falhas nas políticas de segurança. O tema ganhou relevância depois da megaoperação que deixou 122 mortos no Rio de Janeiro, incluindo 5 policiais.
Mello já havia criticado publicamente o “excesso de PECs”. Na mesa de abertura do 2º dia do Fórum de Governadores do Cosud (Consórcio Sul Sudeste), em 5 de dezembro, disse que a alta quantidade de leis atrapalha a luta contra o crime organizado. “Não tem que criar mais leis. A gente se atrapalha com tanta lei que tem. Tem que simplificar, tem que diminuir”, afirmou na ocasião.
No depoimento desta 4ª feira, Mello disse ter se manifestado contra a PEC da Segurança Pública porque “o governo federal precisa cuidar das fronteiras, que cuida muito mal, com todo respeito”. Defendeu fiscalização adequada em todos os pontos de entrada no país. “Arma não vem do céu, droga não vem do céu. Vem por água, vem por aeroportos, vem por fronteiras”, disse.





