Fim das bolinhas de respostas e novas carreiras: as novidades no CNU 2
O CNU 2 ofertará 3.352 vagas, distribuídas em 35 órgãos federais. Desse total, 2.844 para nível superior e 508 para nível intermediário
As inscrições da segunda edição do estarão disponíveis em julho, com provas previstas para outubro e dezembro deste ano. .
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos () informou, nessa segunda-feira (28/4), que o edital com as novidades no CNU 2 também deve ser publicado em julho. .
As principais novidades da segunda edição do “Enem dos Concursos” são: , aumento no número de órgãos participantes e de blocos temáticos, edital unificado e o fim das “bolinhas” no cartão de respostas.
1ª edição do CNU
As provas da primeira edição do CNU foram aplicadas em 228 municípios do país em 18 de agosto, após serem adiadas pelo governo federal devido aos impactos das chuvas no Rio Grande do Sul.
Os candidatos concorreram a uma das 6.640 vagas, distribuídas em 21 órgãos federais.
O concurso foi dividido em oito blocos temáticos, com vagas para ensino médio e superior.
A abstenção do Concurso Unificado foi de 54,12%. Ou seja, cerca de 970 mil candidatos fizeram o exame.
Embora tenha um alto número de ausências, o CNU tornou-se o maior concurso da história do país.
O primeiro “Enem dos Concursos” custou R$ 144,4 milhões aos cofres públicos.
Vagas e novas carreiras
Ao todo, a segunda edição do Concurso Unificado deve ofertar 3.352 vagas, distribuídas em 35 órgãos federais — na edição anterior o número de cargos foi dividido em 21 órgãos da administração pública federal.
Desse montante total, 2.844 para nível superior e 508 para nível intermediário. O MGI informou que 2.180 vagas serão imediatas e 1.172 vagas serão destinadas para provimento no curto prazo (ou seja, cadastro reserva).
Os cargos serão agrupados em nove blocos temáticos — um bloco a mais da primeira edição do CNU. No entanto, será mantida a mesma sistemática de inscrição para diferentes cargos dentro do mesmo bloco: com definição de lista de preferência.
Com foco em ampliar a diversidade no serviço público brasileiro, a pasta da Gestão vai selecionar servidores para duas novas carreiras transversais do governo federal. São elas:
Analista técnico de justiça e defesa, com 250 vagas; e
Analista técnico de desenvolvimento socioeconômico, com 250 vagas.
A primeira carreira será destinada aos Ministério da Defesa, Ministério da Justiça e Segurança Pública e Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O objetivo, segundo o MGI, é “suprir uma lacuna nas áreas administrativa e estratégica desses ministérios”.
Isso porque, até então, tais pastas não tinham uma carreira própria além das funções finalísticas, como as das Forças Armadas ou das polícias vinculadas ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A segunda carreira foi criada para “fortalecer a atuação em temas relacionados ao desenvolvimento regional, agrário e econômico”. Conforme a pasta da Gestão, a proposta é reunir profissionais de diferentes formações.
Nove agências reguladoras também terão o quadro de servidores reforçados, entre elas a Agência Nacional de Mineração (ANM). No total, serão ofertadas para as agências 60 vagas de nível superior e 340 de nível médio.
Cargos e vagas imediatas
MGI – analista técnico de desenvolvimento socioeconômico: 250 de vagas no nível superior
MGI – analista técnico de defesa e justiça: 250 vagas no nível superior
Ministério das Cidades: 15 vagas no nível superior
Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: 64 vagas no ensino superior
Ministério do Turismo: 8 vagas no nível superior
Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional: 10 vagas no nível superior
Ministério da Fazenda: 30 vagas no nível superior
Ministério da Pesca e Aquicultura: 33 vagas no nível superior
ANP: 66 vagas (50 no nível superior e 16 no nível intermediário)
Anac: 70 vagas no nível intermediário
Anatel: 50 vagas no nível intermediário
ANM: 80 vagas no nível intermediário
ANS: 20 vagas no nível intermediário
ANTAQ: 30 vagas nível intermediário
ANTT: 50 vagas nível intermediário
Anvisa: 14 vagas nível intermediário
Comando da Aeronáutica: 90 vagas no nível superior
Comando do Exército: 131 vagas no nível superior
Comando da Marinha: 140 vagas no nível superior
Hospital das Forças Armadas: 130 vagas (100 no nível superior e 30 no nível intermediário)
Fundacentro: 65 vagas no nível superior
ITI: 50 vagas no nível superior
Imprensa Nacional: 14 vagas no nível superior
Enap: 21 vagas no nível superior
Iphan: 60 vagas no nível superior
Fundação Biblioteca Nacional: 14 vagas no nível superior
Fundação Cultural Palmares: 10 vagas no nível superior
Fundação Joaquim Nabuco: 20 vagas no nível superior
Funarte: 28 vagas no nível superior
Ibram: 28 vagas no nível superior
Ancine: 20 vagas (10 no nível superior e 10 no nível médio)
Instituto Nacional de Traumatologia (Into): 94 vagas (61 no nível superior e 33 no nível intermediário)
Instituto Nacional de Cardiologia (INC): 75 vagas (52 no nível superior e 23 no nível intermediário)
Instituto Nacional do Câncer (Inca): 84 vagas (30 no nível superior e 54 no nível intermediário)
Instituto Evandro Chagas (IEC): 38 vagas (28 no nível superior e 10 no nível intermediário)
Centro Nacional de Primatas: 28 vagas (10 no nível superior e 18 no nível intermediário)
Vagas provimento de curto prazo
MGI – assistente social, médico e psicólogo: 172 vagas no nível superior
MGI – analista técnico administrativo: 1 mil vagas no nível superior
Cronograma previsto do CNU 2
As provas do Concurso Unificado serão aplicadas em 228 cidades, em todo o Brasil. O primeiro dia, previsto para 5 de outubro, será dedicado somente à aplicação das provas objetivas, para todos os candidatos e candidatas inscritos.
Enquanto no segundo dia de provas, previsto para 7 de dezembro, serão realizadas as provas discursivas. Nessa etapa, realizarão as provas: apenas os candidatos habilitados na primeira fase e convocados para a segunda fase do concurso.
Confira as datas previstas:
Edital e inscrições: julho
Prova objetiva: 5 de outubro
Prova discursiva para os habilitados na 1ª fase: 7 de dezembro
Divulgação dos resultados: fevereiro de 2026
Como será feita a convocação para 2ª etapa?
De acordo com o MGI, a convocação para a segunda fase contemplará os candidatos aprovados em até nove vezes o número de vagas de cada cargo, tanto para ampla concorrência quanto para vagas reservadas.
Exemplo em cargo com 100 vagas total:
75 ampla concorrência = 9 x 75
20 pessoas negras = 9 x 20
5 pessoas com deficiência = 9 x 5
Fim das bolinhas no cartão resposta
Além dessas mudanças, a segunda edição do Concurso Unificado não terá as chamadas “bolinhas” para o preenchimento dos cartões de resposta. O formato será substituído por um código de barras que identifica o candidato.
Segundo o MGI, a alteração visa “reforçar a segurança do certame”. Com isso, haverá um código de barras para identificação individual do candidato — sem revelar os dados pessoais aos corretores — em todas as páginas das provas.
A segunda edição do CNU terá com um único edital, ou seja, o documento será unificado para todos os blocos temáticos, diferentemente da primeira versão do concurso público, que contou com oito editais separados.
Por: Metrópoles