• Sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Ferrari lidera ranking das equipes mais valiosas da Fórmula 1

Escuderia italiana alcança US$ 6,4 bilhões; Mercedes e Red Bull completam o top 3, segundo a "Sportico".

A Ferrari segue como a equipe mais valiosa da Fórmula 1 em 2025. Segundo levantamento da Sportico, a escudeira italiana alcançou US$ 6,4 bilhões (cerca de R$ 33,9 bilhões, na cotação atual) e manteve a liderança do ranking pelo 3º ano consecutivo.

O valor médio das equipes da categoria chegou a US$ 3,42 bilhões (R$ 18,1 bilhões) em 2025, uma alta de 48% em relação a 2024. A Ferrari é seguida pela Mercedes, avaliada em US$ 5,88 bilhões, e pela Red Bull, em US$ 4,73 bilhões.

O valor médio de uma equipe de F1 superou o da MLB (Major League Baseball) estimada em US$ 2,82 bilhões e agora fica atrás apenas da NFL (US$ 7,13 bilhões) e da NBA (US$ 5,51 bilhões) entre as principais ligas esportivas globais.

Segundo a Sportico, a valorização das equipes ocorre em meio ao crescimento global da audiência, à expansão comercial da categoria e ao aumento dos acordos de mídia e patrocínio desde a compra da Fórmula 1 pela Liberty Media, em 2017.

Em 2018, o bilionário Lawrence Stroll comprou a Force India por US$ 135 milhões e rebatizou a equipe como Aston Martin.

Em 2020, a Dorilton Capital adquiriu a Williams por cerca de US$ 200 milhões.

Já a Audi concluiu, neste ano, o processo de aquisição de 100% do controle da Kick Sauber, antes da entrada do fundo soberano do Catar (QIA) como investidor adicional.

De acordo com a Sportico, praticamente todas as equipes recebem propostas semanais para a compra de participações minoritárias, e até mesmo de controle, com valores crescentes.

A equipe secundária da Red Bull, hoje Racing Bulls, chegou a recusar uma oferta superior a US$ 2 bilhões, segundo uma fonte familiarizada com a negociação. Entre os interessados estão bilionários, fundos soberanos, montadoras e grandes conglomerados.

As 10 equipes da Fórmula 1 geraram US$ 4,5 bilhões em receita no último ano. A Haas ficou na parte inferior do ranking, com US$ 209 milhões, enquanto a Mercedes liderou com US$ 812 milhões.

De acordo com a Sportico, 70% das equipes tiveram lucro antes de juros e impostos, com a Mercedes registrando o maior lucro operacional: US$ 205 milhões.

A Williams, que passou por anos de crise, voltou a ter um patrocinador máster após 5 anos, ao fechar contrato com a empresa de software Atlassian. Desde a compra da Dorilton, em 2020, a escuderia passou a investir em infraestrutura e centros de engenharia.

Agora, a Sportico avalia a Williams em US$ 2,14 bilhões, uma alta de 73% em um ano e mais de 10 vezes o valor pago pela Dorilton há 5 anos.

A escassez de oportunidades também se reflete no calendário da categoria: a F1 corre em 21 países, mas há mais cidades interessadas do que GPs disponíveis. Com a demanda maior que a oferta, a Liberty Media tem elevado as taxas cobradas para sediar corridas.

A Sportico destaca ainda que os múltiplos de receita da F1 cresceram após a adoção do teto orçamentário em 2021, fixado em US$ 145 milhões por equipe (excluindo salários de pilotos e chefes de equipe, marketing, viagens e custos legais). Antes do teto, equipes grandes gastavam mais que o dobro desse valor, o que reduzia a previsibilidade financeira e espantava investidores.

Em agosto de 2025, a Ferrari tinha sido avaliada em US$ 4,8 bilhões. Além disso, o 2º trimestre registrou recorde histórico: US$ 1,23 bilhão (R$ 6,66 bilhões) em faturamento, alta de 41% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A categoria vive um dos momentos mais fortes de sua história, com equipes registrando crescimento expressivo de valor impulsionado por novos contratos de transmissão, maior presença em mercados estratégicos e aumento do público, especialmente após produções de grande alcance relacionadas à F1.

Por: Poder360

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