O nível de evasão entre a 1ª e a 2ª dose da vacina tríplice viral ultrapassa o percentual de 50% em 14 Estados brasileiros, de acordo com o Anuário VacinaBR 2025, divulgado pelo IQC (Instituto Questão de Ciência) nesta 3ª feira (17.jun.2025). Eis a íntegra (PDF – 26 MB).
Os Estados que registraram maior queda são Mato Grosso do Sul (de 100,9% para 37,8%), Maranhão (81,4% para 33,8%) e Tocantins (95,6% para 47,9%).
O documento foi elaborado com apoio da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) em parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
O abandono vacinal identificado no estudo não se limita à tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. O problema também afeta outros imunizantes como as vacinas pneumocócica e rotavírus e aumenta o risco de retorno de doenças anteriormente controladas no Brasil.
O estudo analisou dados de 2000 a 2023, com informações de bancos públicos de vacinação sobre dados populacionais e de nascidos vivos. O relatório indica que, em 2023, só 32% dos municípios brasileiros conseguiram atingir o índice de 95% de cobertura para 4 vacinas essenciais: pentavalente (3ª dose), poliomielite (3ª dose), pneumocócica (2ª dose) e tríplice viral (1ª dose).
Para melhorar a cobertura vacinal, o relatório sugere estratégias locais como horário estendido de vacinação, abertura de postos nos finais de semana, vacinação casa a casa em localidades de difícil acesso e postos volantes em áreas desassistidas.