O governo dos EUA ordenou na 5ª feira (29.mai.2025) que as agências federais interrompam o uso de dados sobre cor da pele, sexo, etnia ou nacionalidade nos processos de seleção. A diretriz, segundo a agência de notícias Reuters, faz parte de um conjunto mais amplo de orientações enviadas a líderes de recursos humanos em agências governamentais.
As orientações são baseadas em um decreto assinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), em 20 de janeiro, para “reformar o processo federal de seleção e restaurar o mérito no serviço governamental”.
O decreto determinava a criação de um plano federal para, entre outras coisas, “impedir” que pessoas fossem contratadas “com base em sua cor de pele, sexo ou religião”.
A Reuters teve acesso ao memorando enviado na 5ª feira (29.mai) pelo OPM (sigla para Escritório de Gestão de Pessoal) às agências governamentais. O texto diz que todas as decisões de contratação e promoção devem ser baseadas “exclusivamente no mérito, qualificações e critérios relacionados ao trabalho”.
O memorando ordena que os líderes de recursos humanos “cessem o uso de estatísticas sobre cor da pele, sexo, etnia ou nacionalidade, ou do conceito mais amplo de ‘sub-representação’ de certos grupos” em relação ao recrutamento ou contratação. O documento afirma que a disseminação desses dados está proibida.
De acordo com o memorando, as agências governamentais dos EUA têm se concentrado excessivamente “em universidades de elite e credenciais, em vez de mérito, habilidades práticas e compromisso com os ideais norte-americanos”.
O texto diz que as agências devem recrutar mais pessoas de universidades estaduais ou religiosas, de escolas técnicas, de organizações religiosas e de grupos de educação domiciliar.
“A partir de agora, as agências devem garantir que o recrutamento de início de carreira seja focado em norte-americanos patriotas que cumprirão fielmente a Constituição e o Estado de Direito”, diz o memorando.
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