EUA: bolsas renovam máximas históricas com inflação abaixo do esperado
Inflação mais contida praticamente sacramenta novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) na semana que vem
Os principais índices das bolsas de valores dos operavam em alta nesta sexta-feira (24/10), refletindo o otimismo e até mesmo a euforia dos investidores após .
Os indicadores de Wall Street renovaram suas máximas históricas durante o pregão, em meio à perspectiva de que o (Fed, o Banco Central dos EUA) promova mais um corte na taxa básica de juros na reunião da próxima semana.
O que aconteceu
Por volta das 14h50 (pelo horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,18%, aos 47,2 mil pontos.
No mesmo horário, o S&P 500 avançava 1%, aos 6,8 mil pontos.
O Nasdaq Composto, que reúne as ações de empresas do setor de tecnologia, registrava alta ainda maior, de 1,37%, aos 23,2 mil pontos.
Inflação abaixo do esperado
A inflação nos EUA em setembro deste ano teve uma ligeira aceleração em relação ao mês anterior, mas veio levemente abaixo da estimativa dos analistas do mercado, de acordo com dados divulgados nesta sexta pelo Departamento do Trabalho.
, ante 2,9% registrados em agosto. Na comparação mensal, o índice foi de 0,3%, ante 0,4% do mês anterior.
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Os resultados da inflação nos EUA vieram praticamente em linha com os prognósticos do mercado. A média das estimativas era de 3,1% (anual) e 0,4% (mensal).
A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano. Embora não estivesse nesse patamar, o índice vinha se mantendo abaixo de 3% desde julho de 2024.
Fed vai definir juros na semana que vem
Em sua última reunião, nos dias 16 e 17 de setembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed .
Foi o primeiro corte de juros feito pela autoridade monetária norte-americana em 2025.
A próxima reunião do Fed para definir a taxa de juros acontece na semana que vem, nos dias 28 e 29. Apesar de a inflação ter acelerado em setembro, a expectativa majoritária do mercado é por mais dois cortes de 0,25 ponto percentual nos juros até o fim deste ano.
A taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Quando a autoridade monetária mantém os juros elevados, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.
Uma nova queda da taxa de juros norte-americana teria forte impacto na economia global. Ela tende a reduzir a pressão sobre o dólar, baixando a cotação da moeda americana frente a outras moedas. Também torna mais atrativos os ativos de renda variável – e, portanto, de maior risco –, como as ações negociadas em bolsa.
Por: Metrópoles





