Em ato pró-anistia para os presos do 8 de Janeiro, na av. Paulista, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que a esquerda “já perdeu a guerra” contra a anistia. Durante o discurso, Bolsonaro lembrou da manifestação convocada por Guilherme Boulos (Psol-SP) contra a medida, ocorrida em 30 de março, na mesma região.
“O que eles vieram pedir aqui. Vieram falar contra a anistia e pela prisão de Bolsonaro. Quanto a anistia, eles já perderam essa guerra. A grande maioria do povo brasileiro entende as injustiças e agora se socorre da nossa Câmara Federal, do Senado Federal, para fazer justiça. E a anistia é competência privativa do Congresso Nacional. Caso eles votem, o projeto seja sancionado ou promulgado no caso de um veto, vale a anistia”, disse.
O ato convocado pelo deputado do Psol em 30 de março, também na av. Paulista, em São Paulo, reuniu cerca de 5.500 pessoas. A manifestação foi para protestar contra a aprovação do PL (projeto de lei) 2.858 de 2022 que anistia os condenados do 8 de Janeiro e também poderá beneficiar o ex-presidente Bolsonaro.
Bolsonaro disse que a anistia é uma “competência exclusiva” do Congresso Nacional, e que, caso aprovada, será válida mesmo diante de um possível veto. Em caso de aprovação pelo Legislativo, o texto vai à sanção presidencial.
Mesmo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vete algum trecho, o texto ainda poderia ser válido caso os congressistas derrubassem o veto presidencial.
O veto só é derrubado se a maioria absoluta dos integrantes da Câmara e do Senado votarem a favor disso. Nesse caso, o projeto de lei seria promulgado pelo presidente do Senado e a anistia passaria a valer.
Ainda assim, Bolsonaro se mostrou otimista em relação à tramitação do PL da anistia. Ele afirmou que a maioria da população compreende as “injustiças” pelas quais os acusados por tentativa de golpe de Estado em 8 de Janeiro de 2023 estão passando.
A manifestação deste domingo (6.abr.2025) é a 5ª que o ex-presidente participa e convoca desde que deixou a Presidência da República.
O ato, no entanto, é o 1º de Bolsonaro depois de virar réu com outros 7 aliados no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado –entenda o que acontece agora.
Relembre abaixo os números dos outros atos de Bolsonaro desde 2023:
