• Domingo, 7 de dezembro de 2025

Especialistas explicam diferenças entre AVC isquêmico e hemorrágico

Dois tipos de AVC têm causas distintas — entupimento ou sangramento — e pedem tratamentos específicos

é uma das principais emergências médicas no Brasil e pode deixar sequelas graves quando o atendimento não acontece rapidamente. Apesar de muita gente tratar o AVC como uma condição única, ele pode ocorrer por dois mecanismos diferentes: isquemia ou hemorragia. Essa distinção é fundamental, porque determina a gravidade do quadro e o tratamento que precisa ser iniciado ainda nas primeiras horas. No AVC isquêmico, um vaso sanguíneo do cérebro fica obstruído — — e impede a passagem de sangue e oxigênio para determinada área. Já no AVC hemorrágico, o problema acontece quando um vaso cerebral se rompe e o sangue extravasa para dentro do tecido cerebral, aumentando a pressão dentro do crânio e comprimindo estruturas importantes. Ambos causam sintomas parecidos, e é por isso que apenas uma tomografia consegue confirmar o tipo. Leia também Logo no início do atendimento, os sinais clínicos não são suficientes para identificar qual AVC está acontecendo. O neurologista Mateus Trindade, do Hospital Sírio-Libanês, explica o que tanto o : “Fraqueza de um lado do corpo, dificuldade de fala, perda visual e alteração súbita do nível de consciência”. Alguns indícios sugerem hemorragia — como “dor de cabeça muito intensa, vômitos no início e rebaixamento rápido da consciência” —, mas ele reforça que isso não é confiável. Por isso, a tomografia é essencial. Trindade também detalha por que o AVC hemorrágico costuma ser mais grave: ele combina “sangramento ativo, que pode se expandir rapidamente” com o . Além disso, não existe uma intervenção tão imediata quanto a trombólise ou a trombectomia, usadas no AVC isquêmico. Isso explica a mortalidade inicial mais alta e o maior risco de sequelas. As primeiras horas de tratamento seguem caminhos muito diferentes. No AVC isquêmico, a prioridade é reabrir o vaso entupido, seja com trombólise (em até 4,5 horas, na maioria dos casos) ou trombectomia mecânica. Paralelamente, a equipe controla pressão arterial, glicemia e temperatura. Já no AVC hemorrágico, é preciso interromper medicamentos anticoagulantes, controlar a pressão para evitar expansão do hematoma e, em alguns casos, realizar cirurgia para remover o sangue acumulado. Fatores de risco Em relação aos fatores de risco, Trindade reforça que há elementos compartilhados — —, mas alguns predominam em cada tipo. No AVC isquêmico, arritmias como fibrilação atrial e aterosclerose são destaques. No hemorrágico, o fator mais importante é a hipertensão arterial, além do uso de anticoagulantes. O neurologista Bruno Diógenes Iepsen, porta-voz da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), lembra que a prevenção passa diretamente pelo controle desses fatores. reduz de maneira significativa o desgaste dos vasos cerebrais, diminuindo tanto o risco de entupimento quanto de rompimento. “Hábitos protetores, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, evitar tabagismo e excesso de álcool, manter sono de qualidade e cuidar da saúde mental”, explica. Entender a diferença entre AVC isquêmico e hemorrágico ajuda a reconhecer a urgência do atendimento e reforça a importância de manter os fatores de risco sob controle. Mesmo com mecanismos distintos, os dois tipos exigem ação rápida, diagnóstico preciso e medidas preventivas contínuas para evitar sequelas e salvar vidas. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: