
“Encontrei o que precisava no SUS”, comemora grávida de quadrigêmeos
Aos 34, Lanna Basilio celebra os quadrigêmeos Antônio, Luiz, Pedro e Aurora, fruto de fertilização in vitro, e atendimento no SUS
Lanna Basilio, de 34 anos, Casada há sete anos com Junior Correia, a terapeuta capilar de Ibiporã (PR) começou a tentar engravidar dois anos após o casamento. Conseguiu de forma natural, mas infelizmente perdeu o bebê, episódio que marcou profundamente o casal.
Foram mais cinco anos de tentativas frustradas, consultas com alguns especialistas e o peso emocional da espera. Foi então que Lanna recorreu à . Logo na primeira tentativa, o teste de gravidez deu positivo e trouxe uma surpresa: não era apenas um bebê, mas quatro.
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O casal recebeu a notícia com tranquilidade em relação ao número, mas com preocupação diante dos custos para criar quatro crianças ao mesmo tempo.
Ao procurar acompanhamento pelo , Lanna diz ter encontrado, pela primeira vez, a segurança e o cuidado que precisava. Ali, sentiu-se ouvida, amparada, e fez todos os exames necessários, algo que não havia encontrado na rede privada.
Para ela, o SUS foi o caminho para um pré-natal especializado, com um verdadeiro suporte para enfrentar uma gestação tão rara e de altíssimo risco.
“Passei por médicos que não me deram o apoio necessário pelo fato da minha gravidez ser dicoriônica-diamniótica, de altíssimo risco, mas no SUS encontrei o que precisava”, destaca.
Desde o início da gestação, Lanna reorganizou a vida para a chegada dos filhos. Formou uma rede de apoio com o marido, pais, familiares e amigos. Já decidiu que, assim que nascerem, irá morar com os pais, já que o apartamento atual não comporta a nova rotina. “Gravidez é realmente um separador de águas”, resume.
O que é uma gestação dicoriônica-diamniótica
Cada bebê tem a própria placenta, reduzindo riscos de complicações como transfusão feto-fetal.
Cada bebê tem a própria bolsa amniótica, garantindo mais espaço e proteção para o desenvolvimento.
Podem ser fraternos ou idênticos, dependendo de como ocorreu a divisão celular após a fertilização.
É uma gestação de altíssimo risco, pois exige pré-natal em centro especializado e vigilância constante.
Segundo a ginecologista e especialista em FIV Lorrainy Rabelo, do Instituto Eleve, em Brasília, a maior parte das resulta em parto antes de 32 semanas, com prematuridade extrema e necessidade de internação em UTI neonatal. Os riscos para a mãe incluem pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e hemorragias, o que exige acompanhamento criterioso.
Na foto: Lanna e o marido Júnior (ao centro). Márcia, mãe de Lanna (à direita) e Sérgio, pai de Lanna (à esquerda).
Apesar disso, Lanna relata que sua gestação tem sido tranquila. O parto está previsto para o fim de outubro ou início de novembro, e ela vive cada dia como uma vitória. “Estou aproveitando cada etapa e me preparando para quando eles chegarem”, conta.
Para a médica, casos como o de Lanna são raros e desafiadores. “O objetivo da FIV é sempre garantir mãe e bebê saudáveis. ”, explica.
À medida que se aproxima o dia do parto, Lanna se apoia na própria força e na rede de apoio que construiu. “Sei que será desafiador, mas também sei que é um presente. eu sempre quis ser mãe. No fim, tudo vai valer a pena”, afirma, emocionada.
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Por: Metrópoles