• Quinta-feira, 5 de junho de 2025

Embaixada de Israel se pronuncia após novas críticas de Lula ao país

No fim de semana, presidente Lula voltou a classificar as operações militares de Israel na Faixa de Gaza como "genocídio"

A quebrou um silêncio de meses, e emitiu uma declaração oficial sobre as recentes críticas contra a operação militar conduzida na  como falas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pronunciamento aconteceu na noite desta segunda-feira (2/6). Em nota, a representação israelense afirmou que é importante “não se deixar levar pela propaganda e . Ação essa, que teria como objetivo “alimentar o antissemitismo no mundo”, por meio de “eventos encenados, incidentes que não aconteceram, histórias falsas”. “Infelizmente, tem quem compre essas mentiras, que estão prejudicando israelenses e judeus no Brasil e no Mundo todo”, disse um trecho da nota. Lula fala em genocídio Apesar de não citar diretamente o presidente Lula, o pronunciamento da embaixada acontece após o líder brasileiro voltar a classificar a guerra em Gaza como “genocídio”. Durante convenção nacional do PSB em Brasília, no fim de semana, o presidente leu uma nota do Ministério das Relações Exteriores sobre a guerra e a atuação israelense na região da No texto, a chancelaria brasileira condenou a criação de 22 novos assentamentos na – considerados ilegais pela Corte Internacional de Justiça da ONU. “O que nós estamos vendo é um Exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza”, disse o presidente brasileiro após ler a nota do Itamaraty. “Eu sei que tem muita gente que não gosta, mas eu quero dizer aqui também no PSB, isso não é uma guerra, é um genocídio”, acrescentou. Leia também Silêncio quebrado A manifestação pública da embaixada de Israel acontece após meses de silêncio, que se mantiveram apesar das recentes declarações vindas de Brasília sobre o conflito em Gaza. Nos bastidores, contudo, o clima era outro. Fontes ligadas à diplomacia israelense já revelavam “surpresa” com manifestações do governo Lula, e as enxergavam como um sinal de distanciamento, ainda maior, entre as duas nações. Foi o caso de uma nota divulgada pelo Itamaraty em março deste ano, a respeito da Na época, fontes diplomáticas israelenses revelaram ao Metrópoles que o assunto foi discutido por representantes de Brasília e Tel Aviv, em um tom mais ameno do que a declaração oficial publicada posteriormente. Desde o início do governo Lula II, a relação entre os dois países enfrentou diversos momentos de crise. Eles provocaram, por exemplo, a retirada do embaixador brasileiro em Tel Aviv, assim como o rótulo de No momento, a tensão já tem efeitos práticos. Restando menos de dois meses para a aposentaria do atual chefe da missão diplomática em Brasília, embaixador Daniel Zonshine, a embaixada de Israel no Brasil corre o risco de ficar sem um representante de primeiro escalão. Ele foi indicado para assumir o posto no Brasil em janeiro deste ano.
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: