Em novo aceno a um cessa-fogo, Hamas aceita retirar tropas de Gaza

, caso Israel afaste da área seus militares. A informação foi repassada nesta quinta-feira (14/8) pelo portal de notícias saudita Al Arabiya e foi confirmada ao Metrópoles por um porta-voz do grupo palestino, Khaled Qaddoumi. O Hamas propõe um documento escrito para Israel com. Mediador, o Egito trabalha para um tratado que inclua convergências entre ambos os lados do conflito para encerrar com a crise humanitária entre palestinos. “O Hamas expressou sua disposição de retirar suas forças em troca da retirada de Israel de suas tropas para as localidades acordadas e reiterou seu compromisso com a preservação da vida dos reféns”, disse um porta-voz do grupo ao Al Arabiya. Trégua anterior Em janeiro deste ano, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo após mediação de Catar, EUA e Egito. A expectativa era que o plano de paz fosse implementado em três fases. Na primeira delas, ocorreu a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos. A segunda fase do cessar-fogo seria negociada a partir de março, mas foi suspensa, pois o governo de Israel não cumpriu o que havia sido acordado e exigiu uma extensão da primeira etapa e a libertação de todos os reféns que ainda estão em Gaza. Com isso, Israel intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza. Anteriormente, uma delegação do Hamas se reuniu no Cairo nessa quarta-feira (13/8) com o chefe da Inteligência Geral egípcia para discutir maneiras de avançar nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo a mídia egípcia, o Hamas também elogiou os esforços do Egito para levar ajuda a Gaza e para uma trégua. Ao mesmo tempo, aprovou um plano para tomar o controle do local e a próxima fase da guerra no enclave palestino. O governo israelense não anunciou uma data específica para o início da implementação do seu plano. Agora, com a proposta de Hamas, é preciso verificar os próximos passos. O que está acontecendo em Gaza? A guerra em Gaza se estende por mais de 600 dias, com mais de 50 mil palestinos mortos e devastação generalizada, com um aumento significativo dos números, proporcionais ao intenso conflito no oriente médio. As negociações em Doha avançaram em um novo acordo que prevê um cessar-fogo de 60 dias, a libertação de reféns (vivos e mortos). No momento, Hmas propôs um novo acordo a Israel ao se comprometer da retirada de tropas em território israelense, fazendo com que Israel abandone o plano da ocupação total de Gaza. O Egito trabalha com mediações de paz, incluindo o compromisso do Hamas de garantir a segurança dos reféns, indicando que a libertação deles é parte das negociações de Gaza. A proposta acontece após o fracasso de um acordo de cessar-fogo anterior em motivo de Israel aumentar os ataques em Gaza. Enquanto não chegarem a um acordo, a Faixa de Gaza segue em crise humanitária, com entraves para receber doações de alimentos, água e vestimentas. A falta de recursos essenciais culmina na morte dos ocupantes de Gaza, que suplicam por ajuda.