• Sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Eduardo diz esperar punições e tarifas dos EUA contra Brasil

Filho de Bolsonaro afirma que Trump deve sancionar Padilha e Dilma e defende medidas para família de Moraes.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse nesta 5ª feira (14.ago.2025) esperar que os Estados Unidos apliquem novas sanções ou aumente as tarifas contra o Brasil em resposta aos processos que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), responde na Justiça brasileira.

Em entrevista à Reuters, Eduardo declarou que o Brasil não conseguirá negociar redução nas taxas de 50% sem concessões do STF (Supremo Tribunal Federal). “Os ministros da Suprema Corte precisam entender que perderam poder”, declarou.

O deputado disse que essas restrições devem atingir em breve o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e possivelmente a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por causa do papel que eles desempenharam no Mais Médicos.

O governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) anunciou na 4ª feira (13.ago) a revogação de vistos de funcionários do governo brasileiro que trabalharam no programa que envolve o trabalho de médicos cubanos no Brasil.

“Não há cenário em que a Suprema Corte saia vitoriosa de todo esse imbróglio. Eles estão em conflito com a maior potência econômica do mundo”, afirmou Eduardo.

Ele afirmou que defende sanções contra Moraes e sua família, como Viviane Barci de Moraes, advogada casada com o ministro, considerando tarifas como “último recurso”.

O magistrado, relator da tentativa de golpe, já foi incluído na lei Magnitsky, usada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.

Apesar disso, o congressista mencionou que sanções imediatas contra outros ministros do STF parecem improváveis“Eu poderia esperar mais tarifas, porque as autoridades brasileiras não mudaram seu comportamento”, disse.

Morando nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro, o congressista caracterizou o tarifaço norte-americano sobre produtos brasileiros como um “remédio amargo” para frear o que considera uma ofensiva contra seu pai –réu no STF por tentativa de golpe de Estado.

“Eu disse a todos que tentam abordar isso apenas pela ótica do comércio: não vai funcionar. É preciso que os EUA sinalizem 1º que estamos resolvendo nossa crise institucional”, declarou o deputado.

Por: Poder360

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