O dólar fechou a R$ 5,760 nesta 6ª feira (28.mar.2025). A alta na semana foi de 0,75%. No dia, houve alta de 0,13%.
No exterior, a maior influência para o resultado foram as novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). Ele definiu taxas de 25% a todos os carros importados pelo país.
No Brasil, o que mais mexeu os resultados semanais foram as divulgações da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e de indicadores econômicos, especialmente os de emprego.
O mercado está de olho na maneira como esses fatores podem afetar a dinâmica da condução dos juros do país. O Banco Central quer desacelerar a economia para controlar os preços pelo lado da demanda. Por outro lado, alguns dados sinalizam uma pressão do mercado de trabalho.
Trump assinou na 4ª feira (26.mar) um decreto que aplica tarifas de 25% a todos os carros importados. Segundo a Casa Branca, a medida, que passará a valer em 2 de abril, deve resultar “em mais de US$ 100 bilhões” em arrecadação ao governo norte-americano.
“Se você construir o seu carro nos EUA, não terá tarifas […] Nós temos muitas coisas animadoras, mas para mim essa [implementação de tarifas] é a mais incrível de todas. Este é o verdadeiro dia da libertação na América”, disse o republicano.
O comitê divulgou na 3ª feira (25.mar) a ata da reunião da semana anterior, quando elevou a Selic novamente em 1 ponto percentual e taxa básica de juros foi para 14,25% ao ano.
O documento trouxe mais detalhes da decisão. Os diretores da autoridade monetária disseram que a indicação anterior sobre elevação do juro base se mostrou uma “decisão apropriada”.
O Copom declarou ainda que o ciclo de aperto monetário não está encerrado. Afirmou que seria apropriado comunicar que o próximo movimento de alta dos juros será de “menor magnitude”, podendo ser uma alta de 0,25 p.p. (ponto percentual), de 0,5 p.p. ou de 0,75 p.p.
Segundo o Banco Central, a desaceleração da economia é “elemento necessário” para levar a inflação à meta estabelecida.
O Brasil criou 432,0 mil empregos com carteira assinada em fevereiro de 2025. Esse é o maior saldo mensal registrado na nova série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que começou em 2020.
Os números foram divulgados nesta 6ª feira (28.mar) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado veio acima das expectativas. A mediana dos agentes financeiros consultados pelo Poder360 sinalizava a criação de aproximadamente 215,3 mil empregos no mês.
Uma das preocupações do Banco Central em relação à política monetária é a força de trabalho aquecida, o que pressiona os preços pelo lado da demanda. Ou seja, os dados devem influenciar os rumos do aperto monetário.
“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inação, projeções de inação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”, disse a autoridade monetária em 19 de março.
A taxa de desemprego do Brasil foi de 6,8% no trimestre terminado em fevereiro de 2025. Subiu em relação ao trimestre de setembro, outubro e novembro, quando foi de 6,1%.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta 6ª feira (28.mar). As estatísticas fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada mensalmente pelo instituto.