• Quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Dólar sobe por cautela com alerta nuclear russo

Os juros futuros engataram queda há pouco em meio à desaceleração da alta do dólar ante real e a queda dos rendimentos dos Treasuries (cujos preços sobem com a busca de proteção)

O dólar opera em alta nesta terça-feira, 19, alinhado à valorização externa da divisa norte-americana em manhã de cautela internacional, após relatos de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou uma atualização da doutrina nuclear de Moscou. Os juros futuros engataram queda há pouco em meio à desaceleração da alta do dólar ante real e a queda dos rendimentos dos Treasuries (cujos preços sobem com a busca de proteção).

A Rússia condenou na segunda-feira a decisão dos Estados Unidos de permitir que a Ucrânia use mísseis de longa distância no conflito contra os russos. Segundo a agência Tass, o surgimento de novas ameaças e riscos militares levou Moscou a esclarecer as condições para o uso de armas nucleares. Sob a nova doutrina, qualquer ataque aéreo à Rússia pode desencadear uma resposta nuclear.

Aqui, o mercado aguarda o anúncio de corte de gastos até o final desta semana, depois do feriado nacional da Consciência Negra, na quarta-feira, 20. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já disse que o pacote de cortes está fechado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que seu anúncio está pendente só de ajustes com o Ministério da Defesa. Deve ser anunciado em breve, afirmou.

As atenções hoje ficam em novas falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (10h30), e nas discussões finais da reunião de líderes do G20, em especial a entrevista coletiva do presidente Lula (14h30). Haddad deve participar da plenária sobre desenvolvimento sustentável e transição energética, prevista para começar às 10h, e depois participará do almoço oferecido por Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) arrefeceu a 1,11% na segunda prévia de novembro, após registrar alta de 1,37% em igual leitura de outubro, informou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 1,08% na segunda quadrissemana de novembro, ganhando leve força ante o acréscimo de 1,02% observado na primeira quadrissemana deste mês, segundo dados publicados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira.

Às 9h16, o dólar à vista subia 0,20%, a R$ 5,7589. O dólar futuro para dezembro ganhava 0,11%, a R$ 5,7625.

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