Dólar fica estável e Bolsa sobe com inflação benigna nos EUA e Brasil
Moeda americana registrou elevação de 0,11%, cotada a R% 5,39, Ibovespa, o principal índice da B3, subiu 0,31%, aos 146.172 pontos
O registrou alta de 0,11% frente ao real, cotado a R$ 5,39, nesta sexta-feira (24/10). Como a variação foi pequena, ela indicou estabilidade no câmbio. Já o , o principal índice da Bolsa brasileira (), fechou em alta de 0,31%, aos 146.172 pontos.
O grande vetor dos mercados nesta sexta-feira foi a divulgação de dados da inflação tanto nos Estados Unidos como no Brasil. Nos dois casos, os números vieram abaixo das expectativas do mercado.
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Os índices das bolsas de Nova York subiram com força. Entre os principais, avançaram: S&P 500, 0,7%; Dow Jones, 1,01%; e Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia, 1,15%.
Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), divulgado pelo Departamento do Trabalho, avançou 0,3% em setembro. Nos 12 meses também até setembro, a alta foi de 3%. Economistas consultados pela Reuters, no entanto, previam, respectivamente, 0,4% no mês e 3,1%.
O CPI é uma das principais referenciais para o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) definir os juros básicos do país, que serão anunciados na próxima quarta-feira (29/10). No mercado, há unanimidade de que haverá um novo corte de 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está no intervalo entre 4% e 4,25%.
IPCA-15
No Brasil, a situação foi semelhante. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a “prévia” da inflação oficial do país, ficou em 0,18% em outubro. Em 12 meses, o IPCA-15 registrou alta de 4,94%. O mercado esperava 0,25% (mensal) e 5,02% (anual).
Na avaliação de Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, os mercados globais reagiram com otimismo depois dos dados de inflação mais baixos do que o esperado nos EUA: o S&P 500 e o Nasdaq Composite chegaram ou se aproximaram de máximas históricas.
“Motor de valorizações”
“Apesar de a inflação anunciada permanecer acima da meta de 2% é provável que o Fed mantenha o direcionamento de realizar mais um corte na taxa de juros na quarta-feira, em meio a uma priorização anunciada do estímulo à atividade econômica”, diz. “Vale lembrar que a continuidade do ciclo de cortes é um dos motores das valorizações e máximas históricas recentes do mercado de ações.”
Ela observa que, no Brasil, o otimismo se traduziu na valorização do Ibovespa, “respondendo tanto ao humor melhor no exterior como ao IPCA-15 abaixo do esperado”. “O dólar operou sem direção definida e fechou em queda, refletindo o movimento global da moeda americana”, afirma.
Durante o pregão, o Ibovespa chegou a atingir 147.239 pontos, pouco abaixo do recorde “intradiário” (ou seja, registrado durante o pregão) de 147.578 pontos, de 30 de setembro.
Por: Metrópoles





