• Sábado, 18 de outubro de 2025

Dólar cai e Bolsa sobe com alívio do medo global e Trump “paz e amor”

Moeda americana recuou 0,69% frente ao real, cotada a R$ 5,40. O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira, subiu 0,78%

Os mercados de câmbio e ações voltaram ao modo “bom humor” nesta sexta-feira (17/10). O registrou queda de 0,78% frente ao real, cotado a R$ 5,40. O , o principal índice da Bolsa brasileira (), fechou em alta de 0,78%, aos 143.315 pontos. Os dois movimentos foram resultado de uma queda da tensão provocada na véspera por dois fatores externos. Um deles foi o susto com problemas relacionados a bancos regionais dos Estados Unidos. Leia também Ele ganhou corpo depois que as instituições financeiras Zions e Western Alliance revelaram ter sido vítimas de uma fraude em empréstimos concedidos a fundos que investem em hipotecas comerciais problemáticas. Diante da informação, as bolsas americanas desabaram e o VIX, indicador que mede a aversão ao risco em Wall Street, conhecido como o “índice do medo”, disparou, alcançando o maior nível em cinco meses. Nesta sexta-feira, as ações tanto da Zions como da Western Alliance operaram em alta. Por outro lado, os papéis de grandes bancos americanos, como o Goldman Sachs e o J.P. Morgan tenham recuado. Trump paz e amor Também houve alívio do estresse provocado entre investidores com o recente acirramento da disputa comercial entre os EUA e a China. O presidente americano, , reconheceu nesta sexta-feira que as tarifas de 100% sobre produtos chineses importados, a ameaça mais recente do republicano, seriam “insustentáveis”. Além disso, os dois países dão sinais de que seguem negociando. De acordo com a mídia americana, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, telefonaria para o vice-premiê chinês, He Lifeng, nesta sexta-feira para tratar do tarifaço. Dólar no mundo Nesta sexta-feira, o dólar manteve-se estável em relação a uma cesta de seis divisas fortes (euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço), comparadas pelo índice DXY. Às 16h40, a moeda americana registrava pequena alta de 0,07% segundo esse indicador. Em relação a outros países emergentes, o dólar também caía no mesmo horário, à semelhança do que ocorreu no Brasil. Sobre o peso colombiano, o recuo era de 0,84%, sobre o peso mexicano a queda ficava em 0,30%. Queda da “temperatura” Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, a diminuição da temperatura do conflito comercial entre China e Estados Unidos propiciou um pregão com menor volatilidade para os mercados globais. “Com isso, as bolsas globais apresentaram movimentos de alta moderada”, diz. “O Ibovespa tem valorização e o dólar desvaloriza, em um movimento de retorno a ativos de risco.” Ela observa que, apesar das incertezas em torno da questão dos bancos regionais dos EUA, um eventual contágio do problema parece limitado a esse segmento. “Os balanços corporativos melhores que o esperado ao longo da semana, somados às falas amenas do presidente do Federal Reserve (, o banco central dos EUA), Jerome Powell (na terça-feira, 14/10), em relação aos juros americanos, ajudaram na busca por ativos de risco”, afirma. “O VIX, índice de volatilidade implícita do mercado de ações americano, segue acima de 20 pontos, mas longe dos níveis acima de 25 pontos anotados na véspera. O ouro tem uma leve desvalorização depois de mais um recorde.”
Por: Metrópoles

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