Dólar cai com mercado apostando em Flávio Bolsonaro fora do Planalto
Moeda americana recuou 0,22% frente ao real, cotada a R$ 5,42. O Ibovespa sobe. Mercados recuperam-se do baque de sexta-feira (5/12)
O registrou queda de 0,22%, cotado a R$ 5,42, nesta segunda-feira (8/12). Como a variação foi pequena, na prática ela indica estabilidade da moeda americana frente ao real. Já o , o principal índice da Bolsa brasileira (), operava em alta de 0,73, aos 158.516,82 pontos, às 16h45.
Com esses resultados, os mercados de câmbio e de capitais recuperavam-se, ainda que parcialmente, do baque registrado na sexta-feira (5/12). Na ocasião, o Ibovespa desabou 4,31% e o dólar subiu 2,31%, cotado a R$ 5,43, o maior valor desde 16 de outubro.
Leia também
Na sexta-feira, os investidores reagiram negativamente ao anúncio da possível candidatura do senador (PL) à Presidência da República. O nome foi sugerido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso na carceragem da Polícia Federal (PF), em Brasília. A notícia foi divulgada pelo colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o dólar recuou nesta segunda-feira, refletindo três vetores. Um deles foi a correção técnica depois da disparada de sexta-feira.
Possível desistência
Além disso, para o analista, nesta segunda-feira, o quadro eleitoral mudou com o “alívio político” (sob o ponto de vista do mercado), provocado pela “sinalização de uma possível desistência do senador (de concorrer ao Planalto), que levou a um desmonte de parte do prêmio de risco adicionado ao câmbio”.
O terceiro fator para a queda da moeda americana, observa Shahini, foi o ambiente externo mais favorável, marcado pela expectativa de corte de juros por parte do Federal Reserve (, o banco central dos Estados Unidos) nesta quarta-feira (10/12). Esse contexto reduziu a atratividade dos títulos da dívida americana, os Treasuries, e enfraqueceu o dólar frente a outras moedas no início do dia.
De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, as chances de um corte de 0,25 ponto percentual dos juros americanos, hoje fixados no intervalo entre 3,75% e 4,00%, eram de 89,4%.
Juros no Brasil
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), também define nesta quarta-feira a taxa básica de juros do país, a Selic. A previsão quase unânime é de que ela seja mantida no atual patamar de 15% ao ano. A dúvida, porém, é se o BC indicará um possível corte a partir de janeiro.
Por: Metrópoles





