Dólar abre em alta com emprego nos EUA e à espera da “superquarta”
Na véspera, o dólar terminou a sessão em queda de 0,22%, cotado a R$ 5,421. Ibovespa, por sua vez, subiu 0,52%, aos 158,1 mil pontos
O operava em alta na manhã desta terça-feira (9/12), véspera da “superquarta”, dia em que serão anunciadas as novas taxas básicas de juros no Brasil nos .
Além da expectativa pelas reuniões dos bancos centrais brasileiro e norte-americano, o mercado repercute dados de vagas de emprego em aberto nos EUA referentes ao mês de outubro.
Dólar
Às 9h09, a moeda norte-americana avançava 0,42% e era negociada a R$ 5,443.
Na véspera, .
Com o resultado, a moeda dos EUA acumula ganhos de 1,6% no mês e perdas de 12,28% no ano frente ao real.
Ibovespa
As negociações do , principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (), começam às 10 horas.
No dia anterior, o indicador fechou o pregão em alta de 0,52%, aos 158,1 mil pontos.
Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula queda de 0,56% em dezembro e valorização de 31,51% em 2025.
Véspera da “superquarta”
O mercado financeiro continua em compasso de espera pela decisão dos bancos centrais do Brasil e dos EUA sobre a taxa de juros. “Superquarta” é o termo usado no mercado financeiro para o dia em que coincidem as divulgações das taxas básicas de juros nos dois países.
É o caso dessa quarta-feira, data na qual tanto o Comitê de Política Monetária (Copom), do , quanto o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do (Fed, o BC dos EUA), anunciam o resultado de suas reuniões, que começam nesta terça.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central (BC) para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Quando o Copom aumenta os juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.
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Ao reduzir a Selic, por outro lado, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
No Brasil, a ampla maioria dos analistas do mercado espera a manutenção da Selic – trata-se da mais elevada taxa de juros em quase duas décadas no país.
O foco das atenções ficará voltado para o teor do comunicado do Copom, que pode indicar “pistas” sobre as próximas reuniões. Há grande expectativa em torno do corte de juros a partir do ano que vem, e a dúvida é quando isso ocorrerá, se em janeiro ou apenas em março.
Segundo Pedro Cutulo, estrategista da One Wealth Management, “estamos próximos do início de um novo ciclo de cortes na taxa de juros”. “Contudo, a prudência sugere que o Copom aguarde a consolidação desse quadro até a reunião de março, para, então, reduzir a Selic em 50 pontos-base. Essa postura seria coerente com a sinalização recente do comitê, que tem enfatizado a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado”, observa.
“Embora nosso cenário-base seja de início do ciclo em março, reconhecemos uma probabilidade não desprezível de que o primeiro corte ocorra já na reunião de janeiro. Porém, nesse caso, estimamos que a redução seria mais modesta, de apenas 25 pontos-base”, projeta Cutulo.
Nos EUA, atualmente, (após redução de 0,25 ponto percentual na última reunião do Fed), e a maioria dos analistas do mercado aposta em mais um corte de juros em 2025.
, a probabilidade de um novo corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos EUA é de 89,4%. Por outro lado, 10,6% dos investidores apostam na manutenção do patamar atual.
Emprego nos EUA
Ainda nos EUA, os investidores acompanham a divulgação dos dados de vagas de trabalho em aberto no mês de outubro, com o relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts).
As vagas em aberto são as posições disponíveis dentro das empresas que os empregadores buscam preencher por meio de contratações. Para participar do relatório Jolts, os empregadores recebem um formulário no qual informam o número de vagas em aberto na empresa no último dia útil do mês, além do número de contratações e demissões no período.
Em tese, portanto, um eventual aumento na quantidade de vagas em aberto indicaria que as empresas pretendem acelerar suas contratações.
Por: Metrópoles





