O diretor de cinema Carl Rinsch foi detido nos Estados Unidos na 3ª feira (18.mar.2025), sob suspeita de desviar US$ 11 milhões da Netflix. Ele teria alocado indevidamente fundos destinados a uma produção em criptomoedas e bens de luxo.
O contrato original entre Rinsch e a Netflix, no valor de US$ 44 milhões, era para a série “White Horse”. Rinsch solicitou um adicional de US$ 11 milhões, alegando necessidades de produção. A série, renomeada para “Conquest”, contava com os atores Keanu Reeves e Bruna Marquezine no elenco, mas não foi concluída.
De acordo com o jornal The New York Times, o diretor transferiu o montante adicional para uma conta pessoal, investindo em empreendimentos fracassados. Metade do valor foi perdida em 2 meses, e a outra metade foi investida em criptomoedas, gerando lucros.
Ainda segundo o jornal, os ganhos foram usados em despesas pessoais, incluindo US$ 1,8 milhão em contas de cartão de crédito, US$ 1 milhão em advogados, US$ 3,8 milhões em móveis e antiguidades, além de US$ 2,4 milhões em carros de luxo e US$ 652 mil em relógios e roupas.
Rinsch foi inicialmente detido em West Hollywood, Califórnia, e compareceu ao tribunal de Los Angeles. Lá, ele afirmou ao juiz Pedro V. Castillo que “entendia as alegações” contra ele.
Uma fiança de US$ 100 mil foi estabelecida para garantir sua presença na próxima audiência em Nova York, onde enfrenta acusações de fraude e lavagem de dinheiro.
A Netflix, por meio de seu porta-voz Thomas Cherian, declarou que apoiou a série, mas decidiu cancelá-la após perceber que a produção não seria concluída. “Depois de muito tempo e esforço, ficou claro que Rinsch nunca iria concluir o projeto que concordou em fazer”, afirmou.
