Diretor da PRF também defendeu o uso de câmeras corporais pelos agentes. "Acredito que o decreto do presidente é acertado para toda a atividade policial. Sou defensor ferrenho da utilização de câmeras corporais porque elas defendem a atividade policial", afirmou, em entrevista à Globonews.
Oliveira também disse que a corporação passa por treinamentos para que episódios como esse não ocorram. "Instituímos uma comissão-geral de direitos humanos com políticas de direitos humanos sendo implantadas em todo o efetivo. [...] Temos uma revisão de atuação que é feita, necessariamente, todo ano", explicou.
Antônio Fernando de Oliveira ainda classificou como "especial" o ambiente do Rio. "Já estamos desenvolvendo e vamos desenvolver ainda mais treinamentos específicos para a atuação no Rio. Toda nossa equipe que vai para uma atividade eventual no Rio, como foi no G20, passa por um período de adaptação ao ambiente do Rio, que é diferenciado", declarou.
Porém, ele informou que os três agentes envolvidos na ocorrência em Duque de Caxias são do Rio de Janeiro. O diretor da PRF também confirmou que eles atuam em atividades administrativas, mas estavam nas ruas após uma mudança na escala devido ao plantão de fim de ano.
Oliveira negou que o incidente tenha relação com o fato dos policiais atuarem normalmente em atividades administrativas. "Não há problema do policial que está no administrativo atuar no operacional. A nossa carreira é única, a formação é única", defendeu.
POLICIAIS AFASTADOS
Os policiais rodoviários federais foram afastados pela corporação. A informação foi confirmada hoje pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), que não informou, no entanto, quantos são os agentes afastados.
Juliana Leite Rangel levou o tiro durante uma operação da PRF na rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias. Ela seguia para Niterói, onde passaria a ceia de Natal com a família.
"Já foram metendo bala em cima do meu carro", disse o pai da jovem, Alexandre Silva Rangel, 53, em um vídeo que circula nas redes sociais. Ele, que dirigia o veículo, contou que, assim que ouviu a sirene da viatura, deu seta imediatamente indicando que iria encostar o carro.
"Acertou um tiro de fuzil na cabeça da minha filha", disse Alexandre. Ele mostrou que o mesmo tiro passou de raspão em seu dedo.
Os policiais confirmaram que fizeram os disparos, segundo a Globonews. Em nota, a PRF lamentou o episódio e informa que "acompanha a situação e presta assistência à família da jovem" e que colabora com as investigações.