• Sábado, 19 de abril de 2025

Dez mil páginas sobre assassinato de Robert Kennedy são divulgadas

Cerca de dez mil páginas sobre o homicídio em 1968 de Robert F. Kennedy, ex-procurador-geral norte-americano e irmão do antigo Presidente John F. Kennedy, também assassinado, foram desclassificadas, anunciou esta sexta-feira (18) a administração dos Estados Unidos.

De acordo com um comunicado do Serviço Nacional de Informações, cerca de dez mil páginas foram publicadas hoje no site do Arquivo Nacional dos Estados Unidos, mas muitas outras — cerca de 50 mil, descobertas em depósitos da CIA e do FBI — ainda aguardam digitalização.

 

Pouco depois de tomar posse para o segundo mandato na Casa Branca, em 20 de janeiro, Donald Trump assinou uma ordem executiva determinando a desclassificação dos arquivos relacionados ao assassinato do ex-presidente John F. Kennedy (JFK), em 1963, que já foram divulgados, assim como os do irmão dele, "Bobby", e do ativista dos direitos civis Martin Luther King Jr., ambos assassinados em 1968.

Robert F. Kennedy, também ex-senador e pai do atual e controverso secretário de Saúde do governo Trump, foi assassinado no Ambassador Hotel, em Los Angeles, no dia 5 de junho de 1968, pouco depois de vencer as primárias democratas na Califórnia.

Os arquivos incluem notas escritas à mão pelo atirador, o palestino Sirhan Bishara Sirhan, condenado por homicídio em primeiro grau e atualmente cumprindo pena de prisão perpétua.

Ao contrário dos arquivos de John F. Kennedy, os documentos sobre seu irmão e sobre Martin Luther King "não foram digitalizados e estavam acumulando poeira em instalações do governo federal há décadas", informa o comunicado.

A divulgação dos arquivos sobre a morte de Robert F. Kennedy lança “uma luz há muito esperada sobre a verdade”, declarou a diretora nacional dos serviços de informações, Tulsi Gabbard, segundo o comunicado. A liberação ocorre um mês após a publicação de arquivos não editados relacionados ao assassinato de JFK.

Esses documentos trouxeram mais detalhes para os interessados sobre operações secretas dos Estados Unidos em outros países durante a Guerra Fria, mas não reforçaram as teorias da conspiração sobre o assassinato de Kennedy, morto a tiros enquanto desfilava em um carro conversível em Dallas.

O atual presidente dos Estados Unidos defende, em nome da transparência, a divulgação de documentos relacionados a assassinatos e investigações de alto nível. Ele também expressa há anos uma profunda desconfiança em relação às agências de inteligência do governo, permitindo agora que o público tenha acesso às conclusões e operações de instituições como a CIA e o FBI.

Robert F. Kennedy Jr., filho do senador nova-iorquino e atual secretário de Saúde, elogiou Trump e Gabbard pela “coragem e esforço persistente” em divulgar os arquivos sobre seu pai.

"Levantar o véu sobre esses documentos é um passo necessário para restaurar a confiança no governo americano", afirmou Kennedy Jr. em comunicado. Ele acredita que Sirhan Sirhan não foi o responsável pelo assassinato de seu pai e deveria ser libertado, contrariando a posição de sua própria família. 

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Por: NOTÍCIAS AO MINUTO

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