André Corrêa do Lago, presidente da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2025), disse nesta 5ª feira (23.out.2025) que a licença da Petrobras para explorar petróleo na Foz do Amazonas “fortalece a posição do Brasil” na conferência.
Ele falou a jornalistas na divulgação da 8ª Carta da presidência da COP30, que tem como tema a adaptação à mudança do clima. Leia a íntegra do documento (PDF – 234 kB). A COP30 será realizada em Belém de 10 a 21 de novembro de 2025.
O Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) concedeu na 2ª feira (20.out) licença à Petrobras para a perfuração de um poço exploratório em águas profundas próximas ao litoral do Amapá. Houve críticas de ambientalistas sobre a decisão.
“Todo mundo sabia que esse tema estava evoluindo”, disse Corrêa do Lago, que é diplomata. Ele disse que o momento em que anúncio foi feito tem “impacto”, por ter sido a 20 dias da COP30, mas que não mudará as negociações durante a conferência.
Na avaliação do diplomata, a transparência sobre o tema contará de forma favorável ao Brasil. “É uma demonstração do quanto esse tema está sendo debatido de maneira muito aberta no Brasil e que as instituições brasileiras estão funcionando no ritmo em que as coisas devem acontecer”, afirmou.
Ele disse que fato de o anúncio ter sido feito em um momento que resulta em críticas é positivo para o Brasil. “Fortalece a posição do Brasil de país que, como todos os outros países nessa transição, tem que fazer escolhas”, declarou.
Corrêa do Lago também afirmou que delegações de países menos desenvolvidos terão 3 quartos cada uma em Belém para seus representantes. Isso será possível por meio de uma doação privada à ONU (Organização das Nações Unidas).
A hospedagem gratuita será fornecida para os países mais pobres, os insulares e os africanos. Não há detalhes sobre quantos são os países beneficiados nem sobre quem fez as doações.