D-Edge: como funciona o “culto balada” de São Paulo com Baby do Brasil
Baby do Brasil transformou um culto em festa eletrônica em uma das casas noturnas mais famosas de São Paulo na última segunda
Os cultos evangélicos misturados com festas e baladas estão em alta no Brasil. Exemplo claro dessa tendência é o evento realizado nessa segunda-feira (10/3) na , uma das casas noturnas mais famosas de São Paulo.
Com no comando, a iniciativa uniu louvores, pregação e elementos típicos de uma noite eletrônica.
O evento foi idealizado pelo DJ e empresário Renato Ratier, dono da D-Edge e convertido ao cristianismo há quase quatro anos. Ratier, que sempre esteve à frente da cena eletrônica paulista, decidiu transformar temporariamente a pista de dança em um espaço de louvor, sem bebidas alcoólicas ou consumo de substâncias.
“O D da D-Edge é de Deus”, declarou um dos participantes do culto à Folha de São Paulo.
Amiga de Ratier, e fervorosa evangélica desde 1999, Baby do Brasil foi a responsável por conduzir os louvores da noite. Com o característico cabelo azul e roupas brilhantes, a ex-vocalista dos Novos Baianos cantou músicas gospel como Ruja o Leão e Poderoso Deus.
Entre uma canção e outra, Baby discursou sobre fé, afirmando que não precisa de drogas para sentir uma “onda”, pois “a maior onda de todas é a do Espírito Santo”.
O ambiente da D-Edge foi adaptado para a ocasião: as luzes e o sistema de som foram usados para criar uma atmosfera espiritual, enquanto garrafas de água foram distribuídas ao público. Apesar das críticas de alguns frequentadores tradicionais da casa, Ratier defendeu a iniciativa. “Se as pessoas podem fazer culto em hotel, por que não aqui?”, questionou.
Com a repercussão do evento, a possibilidade de novas edições mensais não está descartada. “Se o público gostar, podemos repetir”, disse Ratier. Comandante da noite, Baby do Brasil garantiu que todos saíram dali “tremendamente abençoados”.
Por: Metrópoles