A região metropolitana de São Paulo registrou alta de 4,97% no custo de vida em 2024, segundo uma pesquisa da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado). O impacto foi maior entre as classes E e D, com aumento de 5,14%.
O resultado foi puxado pelo crescimento de 7,42% nos preços de alimentos e bebidas. Os itens representam cerca de 30% dos gastos da classe E, o que torna o grupo mais vulnerável à inflação. Produtos como carnes, óleo de soja e leite em pó tiveram aumentos significativos.
Os custos de transporte apresentaram alta de 4,91% no ano. O crescimento também impactou principalmente as classes mais baixas, que dependem mais do serviço público e gastam uma parcela maior da renda com combustível.
As classes A e B sofreram impacto menor, com custo de vida subindo 4,7% e 4,87%, respectivamente. Em dezembro, por exemplo, a elevação do custo de transporte para a classe E foi 3 vezes maior do que para a classe A.
De acordo com previsão da Fecomercio, os preços de carnes, leite, derivados e frutas devem continuar a subir em 2025. Apesar de um cenário de desemprego relativamente baixo, a inflação permanece restringindo o poder de compra das famílias.