A família da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, sepultou a jovem na tarde desta 6ª feira (04.jul.2025) no Cemitério Parque da Colina, em Niterói (RJ). Juliana morreu depois de cair durante trilha no monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia.
A cerimônia foi aberta ao público até 12h, quando se tornou restrita a familiares e amigos. O cortejo para o sepultamento foi iniciado às 15h15.
A família optou pelo enterro do corpo, descartando a cremação, mesmo com autorização judicial concedida na 5ª feira (3.jul.2025). A decisão considera a possibilidade de uma eventual exumação futura para novas investigações.
Juliana caiu em uma área de difícil acesso no monte Rinjani no dia 20 de junho. As equipes de resgate enfrentaram dificuldades para alcançá-la por causa das condições climáticas adversas, com paralisações das buscas em diversos momentos.
Um drone registrou imagens da publicitária no dia 21 de junho, quando ela estava sentada e em movimento em uma área íngreme da montanha.
O resgate só a alcançou no dia 24, quando já estava morta, em um local diferente, mais plano, sugerindo uma possível 2ª queda. O corpo foi resgatado no dia 25 de junho. Segundo o médico legista responsável pela autópsia na Indonésia, o corpo apresentava múltiplas fraturas e grave hemorragia interna, fatores que explicariam a causa da morte.
Juliana Marins morava em Niterói com sua família. Seu pai, Manoel Marins, acompanhou os desdobramentos do caso desde o acidente na Indonésia até o retorno do corpo ao Brasil.
Uma nova autópsia foi realizada na 4ª feira (2.jul.2025) no IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro. O exame começou às 8h30 e durou aproximadamente 2h30. O procedimento foi conduzido por 2 peritos legistas da Polícia Civil, com acompanhamento de um perito da PF (Polícia Federal), um assistente técnico indicado pela família e a irmã da vítima, Mariana Marins. O laudo preliminar deve ser entregue em até 7 dias.
A autorização para cremação havia sido concedida pelo juiz Alessandro Oliveira Felix, titular da Vara de Registros Públicos do Rio, atendendo a um pedido apresentado por Mariana Marins, irmã da jovem. O requerimento foi encaminhado pela DPE-RJ (Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro), em atuação conjunta com a DPU (Defensoria Pública da União).
A família solicitou a nova autópsia no Brasil porque ainda não se sabe com precisão a causa e o momento exato da morte de Juliana. Há indícios de que ela possa ter sobrevivido por 4 dias depois da primeira queda, conforme estimativa do médico legista indonésio, mas os familiares aguardam os resultados do novo exame.
A polícia da ilha de Lombok informou na 2ª feira (30.jun.2025) que já ouviu testemunhas e inspecionou o local do acidente para investigar possíveis irregularidades relacionadas à morte da brasileira. O corpo de Juliana chegou ao Brasil na 3ª feira (1.jul.2025), transportado pela FAB (Força Aérea Brasileira) de Guarulhos até a Base Aérea do Galeão, na zona norte do Rio.