O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito nesta 3ª feira (4.nov.2025) presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado no Senado. Ele obteve 6 votos favoráveis e 5 contrários. A relatoria ficou com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e a vice-presidência com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), indicado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Em publicação em seu perfil no X, Contarato afirmou que o combate ao crime organizado é “uma das maiores prioridades do Estado brasileiro” e disse que a comissão irá “até o topo da cadeia criminosa, para identificar e responsabilizar não apenas os executores, mas também os líderes, financiadores e cúmplices que lucram com a violência e a corrupção”.
“Assumo a missão de presidir a CPI do Crime Organizado com humildade e com um compromisso inegociável: investigar com independência, transparência e coragem”, escreveu o senador.
A eleição de Contarato foi considerada uma vitória para o governo, que buscava evitar que a oposição comandasse a comissão. Inicialmente, o grupo oposicionista pretendia indicar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que desistiu da disputa. O nome de Mourão foi o escolhido, mas ficou com a vice-presidência.
A CPI terá 11 titulares e 7 suplentes, com prazo inicial de 120 dias para concluir os trabalhos. O colegiado vai investigar o avanço de facções criminosas, o envolvimento de agentes públicos com o crime e falhas nas políticas de segurança pública. O tema ganhou destaque depois da megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos na última semana de outubro.
Eis os titulares da comissão:
Na 1ª reunião, o relator apresentou o plano de trabalho e foram aprovados requerimentos para convidar autoridades a prestar esclarecimentos. Entre os nomes confirmados estão:
A comissão também vai convidar 11 governadores de Estados com alto índice de criminalidade ou referência em combate ao crime organizado. Entre eles estão Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Eduardo Leite (RS), Jerônimo Rodrigues (BA) e Raquel Lyra (PE).
As audiências ainda não têm data marcada.






