O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta 5ª feira (17.jul.2025) que o Pix foi uma criação do seu governo. Para o antigo chefe do Executivo, a investigação comercial contra o Brasil anunciada pelos Estados Unidos na 3ª feira (15.jul) teria relação com impacto causado pelo meio de pagamento nos bancos. O país citou a ferramenta e a 25 de Março, rua de comércio popular em São Paulo, no documento que anuncia a apuração de possíveis práticas desleais.
“O Pix tem nome: Jair Bolsonaro. Antes do Pix, você usava cartão. Os bancos perderam comigo, com Pix, TED e DOC, mais de R$ 20 bilhões. E eu não taxei o Pix”, declarou o ex-presidente, em fala a jornalistas no Senado.
O ex-presidente também disse estar disposto a negociar com o governo dos EUA sobre a tarifa de 50%, caso tenha o passaporte liberado. Ele afirmou acreditar que teria “sucesso” nas tratativas.
Bolsonaro está com o passaporte retido pela Justiça brasileira desde fevereiro de 2024, quando o documento foi apreendido durante as investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, o que o impede de viajar aos Estados Unidos.
“Se o Lula liberar o passaporte para mim, eu negocio com o Trump”, disse.
O Pix não foi criado pelo governo Bolsonaro. A ferramenta foi desenvolvida pelo BC (Banco Central) em 2020, durante a gestão de Bolsonaro, mas a iniciativa começou em 2018, ainda no governo Michel Temer (MDB). O Banco Central anunciou oficialmente a criação do Pix em fevereiro de 2020, e ele entrou em funcionamento em novembro do mesmo ano.
Portanto, embora o lançamento tenha se dado no mandato de Bolsonaro, a concepção e o desenvolvimento do sistema foram liderados pelo Banco Central, de forma independente, e não por uma ação direta do governo federal.
