O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 6ª feira (6.jun.2025) que, se eleger a maioria no Senado em 2026, sua base mandará “mais que o próprio presidente da República”. A fala se deu durante um evento do PL Mulher, em Brasília.
A declaração reflete uma visão pessimista do ex-presidente sobre sua própria candidatura em 2026. Apesar de estar inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bolsonaro tem insistido em se apresentar como principal liderança da direita nas próximas eleições.
Liderada por ele, a oposição pretende lançar candidatos ligados diretamente ao ex-presidente, que deve fazer indicações personalíssimas para o Senado. O objetivo é obter força suficiente para avançar pautas centrais do bolsonarismo, como a sabatina de indicados ao STF (Supremo Tribunal Federal) e eventuais pedidos de impeachment de ministros da Corte.
“Nos decidimos quem vai ser indicado ao Supremo. As agências só terão pessoas qualificadas. Ouso dizer: mandaremos mais que o próprio Presidente da República. Deus tem me mostrado caminhos para mudarmos o destino do Brasil”, declarou.
Mais cedo, Bolsonaro compartilhou a pesquisa da Quaest que indica uma rejeição à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Disse, por mensagem, que “as eleições estão nas mãos dos conservadores”.
“Juntamente com outros partidos de centro-direita, devemos fazer uma ampla maioria na Câmara e mais de 40 para o Senado”, disse na mensagem.
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada na 5ª feira (5.jun) indica que, em diferentes simulações de 2º turno, o presidente Lula empataria com Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e os governadores Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul.