• Terça-feira, 29 de abril de 2025

Collor pode receber tratamento na prisão, diz relatório ao STF

Ex-presidente foi preso na 6ª feira por corrupção; foi condenado em processo que derivou da operação Lava Jato.

O ex-presidente Fernando Collor de Mello pode receber tratamento médico adequado dentro do presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, em Maceió (RN), segundo relatório médico enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 3ª feira (29.abr.2025). A informação é da CNN.

O documento foi elaborado após solicitação do ministro Alexandre de Moraes, que analisa o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do ex-presidente, de 75 anos. Os advogados de Collor alegaram que ele sofre de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno bipolar.

Collor está detido na unidade prisional desde a madrugada da última 6ª feira (25.abr), em cela individual na ala especial destinada a autoridades, conforme determina a legislação brasileira para ex-presidentes da República.

De acordo com a CNN, o relatório médico enviado ao STF afirma que as “condições referidas pelo paciente são passíveis de tratamento e acompanhamento dentro do sistema prisional alagoano, contanto que observadas as suas particularidades quanto à idade avançada e às possíveis pioras em seu quadro, considerando seu histórico de distúrbio psiquiátrico”, disse.

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu na 2ª feira (28.abr) por 6 a 4 manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor –condenado a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Eis o placar:

O ex-presidente Fernando Collor, 75 anos, foi condenado em 2023 por corrupção em um processo que derivou da operação Lava Jato. Ele foi denunciado em 2015 pela PGR (Procuradoria Geral da República) ao STF, que iniciou uma ação penal contra o então senador por Alagoas. Collor deixou o congresso em 2022, quando não foi eleito.

A ordem de prisão se dá 33 anos depois de o ex-chefe do Executivo ter sofrido um processo de impeachment em 1992 por um esquema de tráfico de influência durante o seu governo e de corrupção em reformas na casa da família em Brasília.

A denúncia acusava Collor de ter recebido uma propina de R$ 20 milhões para favorecer a UTC Engenharia em contratos com a BR Distribuidora (hoje Vibra Energia), subsidiária da Petrobras. Além disso, o ex-presidente teria influenciado as indicações à diretoria da distribuidora de combustíveis. Os pagamentos foram feitos de 2010 a 2014.

Por: Poder360

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