Ciclismo aumenta volume cerebral e reduz risco de demência, diz estudo
Ciclismo é associado a menor risco de demência e maior volume cerebral em adultos de meia-idade, aponta pesquisa
Andar de bicicleta pode oferecer mais do que benefícios físicos. Um estudo publicado na em 9 de junho sugere que praticar o ciclismo regularmente, especialmente em deslocamentos pelas cidades, está A atividade também parece proteger e até fazer crescer as estruturas cerebrais associadas à memória.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores da Universidade de Huazhong, na China, e da Universidade de Sydney, na Austrália, analisaram dados de saúde de 479 mil britânicos com idade média de 56 anos. O acompanhamento durou mais de 13 anos. O objetivo foi observar possíveis vínculos entre formas de transporte e
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Foram observadas pessoas que (caminhando ou andando de bicicleta) ou passiva (usando meios de transporte com motor). Os melhores resultados de saúde do cérebro foram dos que costumavam pedalar com frequência.
“Os resultados deste estudo de coorte sugerem uma associação entre o modo de viagem ativo e uma menor incidência de demência e uma estrutura cerebral mais preservada. Modos de transporte ativos, como caminhar e andar de bicicleta, são formas viáveis e prontamente adotadas de atividade física”, escreveram os autores no artigo publicado recentemente.
Ciclismo com risco reduzido de demência
O estudo dividiu os participantes em quatro grupos: transporte não ativo, caminhada, caminhada combinada com outros meios e ciclismo. As viagens para o trabalho não foram incluídas. O grupo que pedalava apresentou os melhores indicadores.
Ciclistas tiveram 19%, 22% menos risco de Alzheimer e 40% menos risco de demência precoce. Também apresentaram 17% menos risco de demência de início tardio em comparação aos que usavam meios não ativos.
O que é o Alzheimer?
O Alzheimer é uma doença que afeta o funcionamento do cérebro de forma progressiva, prejudicando a memória e outras funções cognitivas.
Ainda não se sabe exatamente o que causa o problema, mas há indícios de que ele esteja ligado à genética.
É o tipo mais comum de demência em pessoas idosas e, segundo o Ministério da Saúde, responde por mais da metade dos casos registrados no Brasil.
O sinal mais comum no início é a perda de memória recente. Com o avanço da doença, surgem outros sintomas mais intensos, como dificuldade para lembrar de fatos antigos, confusão com horários e lugares, irritabilidade, mudanças na fala e na forma de se comunicar.
Volume hipocampal maior entre ciclistas
A análise identificou ainda que os ciclistas habituais apresentavam volume hipocampal maior. O hipocampo é uma região do cérebro fundamental para a memória. Esse aumento pode estar ligado à atividade física, à necessidade de se orientar no trânsito ou à exposição ao ambiente externo.
Segundo os autores, a prática regular de ciclismo pode ter efeitos combinados: estimula o corpo, exige atenção constante e promove navegação espacial. Todos esses fatores contribuem para a preservação da função cerebral.
As análises levaram em conta variáveis como idade e nível educacional. Ainda assim, os autores alertam que o estudo mostra apenas correlação, não causalidade, já que outros fatores, como a dieta, não avaliados podem influenciar os resultados.
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Por: Metrópoles