Um levantamento feito pelo laboratório de pesquisa econômica Econovis mostrou que, de 2000 a 2024, a China passou a ter mais relevância comercial que os Estados Unidos no mundo. A corrente comercial (soma de exportações e importações) do país asiático saltou de US$ 474 bilhões para US$ 6,163 trilhões no período, um crescimento de 1.200%. No mesmo período, o volume comercializado pelos EUA avançou de US$ 2 trilhões para US$ 5,333 trilhões, alta de 167%.
Os dados mostram que a China cresceu 7 vezes mais que os EUA no século 21 no comércio internacional. O estudo foi feito com os dados do U.S. Census e da General Administration of Customs. As tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos contra os países abriram uma discussão sobre o futuro das cadeias globais do comércio internacional.
A China e os EUA iniciaram uma guerra comercial com tarifas que superam 100%. Analistas avaliam que a reformulação do comércio global pode passar pela diversificação dos laços comerciais para além dos Estados Unidos.
Em 2000, o comércio dos EUA com outros países movimentava 4 vezes mais que a China. Na época, o país asiático era o principal parceiro comercial de alguns países, como Cuba, Irã, Líbia, Mianmar, Mongólia, Coreia do Norte, Omã, Sudão, Tanzânia e Vietnã.
Até 2024, os EUA tiveram uma taxa de crescimento anual de 4,2%, o que totaliza um acumulado de 167% em 24 anos. A China teve uma alta de 11,3% por ano, se tornando o maior parceiro comercial da maior parte da Ásia, Europa Oriental, Oriente Médio, Oceania, América do Sul e África.
O Poder360 já mostrou que a China empurrou os EUA para fora da América Latina no século 21. No caso do Brasil, o comércio com o país norte-americano passou de US$ 29,2 bilhões em 2000 para US$ 92,0 bilhões em 2024, uma alta de 215,3% no período. O aumento foi muito maior com a China. Saltou de US$ 2,8 bilhões para US$ 188,4 bilhões em 24 anos, com crescimento de 6.522%.
A China ocupava a 38ª posição no ranking de maiores parceiros comerciais do Brasil em 1981. Saltou para 1º em 2009, patamar vigente até hoje.