“China não quer briga, mas não temos medo de uma”, diz Pequim aos EUA
Trump deveria interromper o tarifaço imposto aos chineses e a mais de uma centena de países e desistir de "ameaças e "chantagens", diz China
O governo da subiu o tom contra os , nesta quarta-feira (16/4), em meio à escalada comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático, Li Jian, disse que o governo do presidente norte-americano Donald Trump deveria interromper o tarifaço imposto aos chineses e a mais de uma centena de países e desistir de “ameaças” e “chantagens” para que seja possível abrir um canal de diálogo entre Washington e Pequim.
“A bola está no telhado deles. A China precisa chegar a um acordo conosco. Nós não precisamos fazer um acordo com eles”, disse, na véspera, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Em resposta aos EUA, a porta-voz do regime chinês afirmou que foi o governo Trump que deflagrou a guerra comercial.
“A China não quer uma briga, mas também não tem medo de uma”, afirmou Li Jian.
Tarifas de 245%?
Em novo capítulo da escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o governo Trump divulgou documento , em função das “ações retaliatórias” de Pequim.
A informação não está acompanhada por uma explicação sobre a eventual nova tarifa nem há dados a respeito do cálculo usado pelos EUA para definir a taxa.
Até então, ao menos publicamente, as tarifas aplicadas pelos EUA sobre a China eram de 145%. Em resposta, o governo chinês anunciou taxas retaliatórias de 125% sobre os produtos norte-americanos.
No no site da , o governo norte-americano faz um balanço sobre as principais medidas tomadas por Trump na economia desde que assumiu o mandato, em janeiro deste ano.
O documento é intitulado “O presidente Donald J. Trump garante a segurança nacional e a resiliência econômica por meio de ações da Seção 232 sobre minerais essenciais processados e produtos derivados”.
Segundo a mensagem do governo dos EUA, o tarifaço é uma forma de “nivelar o campo de atuação e proteger a segurança nacional dos EUA”.
Histórico do tarifaço
Em 2 de abril, naquele que Trump chamou de “Dia da Libertação”, os EUA anunciaram a imposição de uma tarifa de 10% sobre produtos importados de mais de 180 países.
Além disso, a Casa Branca decidiu individualizar tarifas recíprocas para países com os quais os EUA têm seus maiores déficits comerciais. Essas taxas chegaram a 50%.
Uma semana depois, em 9 de abril, Trump anunciou uma pausa no tarifaço, mantendo apenas as taxas mínimas de 10% sobre todos os países por um período de 90 dias. Apenas as tarifas sobre a China foram aumentadas.
Nesta quarta, ao ser questionado sobre o documento publicado no site da Casa Branca, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China desconversou. “Podem perguntar ao lado americano o valor específico das tarifas”, afirmou.
Por: Metrópoles