A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta 6ª feira (8.ago.2025), que não há projetos distribuição de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) na estatal, mas que o anúncio do retorno da empresa ao mercado de distribuição de gás de cozinha significa que ela está de “portas abertas para bons projetos”.
“Não temos nada em vista. Não tem projeto de aquisição de GLP nem distribuição na carteira da Petrobras no momento, mas nós garantimos que as portas estarão abertas para possibilidades caso o projeto seja bom, rentável e esteja em linha com o que a Petrobras demanda”, afirmou durante coletiva de anúncio dos resultados financeiros da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Segundo ela, o anúncio da empresa vem para “aproveitar a sinergia” que o aumento da produção de gás possibilita.
“Falamos em sinergia olhando para o aumento da produção de gás. Temos um produto com produção crescente, e é um negócio lucrativo e atrativo para a companhia, por que não exercer essa sinergia”, declarou.
A Petrobras negocia a distribuição de gás da União por meio da venda direta a grandes consumidores, segundo o diretor-executivo de logística e comercialização e mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.
Ele afirma que escoar a produção da estatal no mercado é “a forma mais rentável” para a empresa.
“Já estamos fazendo isso, na medida em que promovemos a venda direta a grandes consumidores. O mercado é a forma mais rentável para a Petrobras. Já estamos conversando com grandes consumidores para fornecer GLP de forma direta, capturando margem”, afirmou ele durante a coletiva.
A Petrobras anunciou na 5ª feira (7.ago) a intensificação de suas operações na distribuição de gás de cozinha, com foco em negócios rentáveis e parcerias estratégicas e respeitando contratos vigentes.
Em comunicado, a empresa afirmou que pretende fortalecer o abastecimento e avançar na oferta de soluções de baixo carbono para o mercado, alinhando-se à transição energética global.
A companhia afirmou que mantém seu compromisso em integrar a distribuição de GLP com demais negócios no Brasil e no exterior, ampliando sinergias e eficiência operacional.
Essa estratégia faz parte do Plano de Negócios 2025-2029, aprovado em novembro de 2024, que prevê investimentos de US$ 111 bilhões para o quinquênio, com foco na modernização e expansão dos negócios.