Foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) de 2ª feira (1°.dez.2025) a demissão do ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes do serviço público. A motivação não foi informada oficialmente. Eis a íntegra (PDF – 187 kB).
A demissão se deu depois de a CGU (Controladoria Geral da União) encerrar um processo disciplinar aberto contra o ex-secretário, que ficou conhecido pelo envolvimento na tentativa de liberação das joias sauditas recebidas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagens internacionais.
Durante o governo Bolsonaro, Julio Cesar foi acusado de pressionar funcionários da Receita Federal para liberar joias que ficaram retidas no controle aduaneiro do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (SP).
Com a demissão, ele está impedido de ser nomeado para cargo público pelo período de 5 anos.
A Agência Brasil busca contato com a defesa do ex-secretário.
Em julho de 2024, Bolsonaro e mais 11 aliados foram indiciados pela PF (Polícia Federal) no inquérito das joias sauditas. De acordo com as investigações, os desvios podem chegar a R$ 6,8 milhões.
As joias foram dadas como presente por governos estrangeiros para Bolsonaro enquanto estava no Palácio do Planalto. Depois, foram vendidas a joalherias nos Estados Unidos por aliados do ex-presidente, segundo a PF.
Um relógio da marca de luxo Rolex avaliado em US$ 68.000, por exemplo, foi recomprado por Wassef depois do início das investigações sobre o caso. Em 4 de abril de 2023, o kit de joias completo foi entregue à Caixa Econômica Federal.
Um acordo de cooperação foi firmado com o FBI (Federal Bureau of Investigation) para localizar as peças, com base no Tratado de Assistência Jurídica Mútua (Mutual Legal Assistance Treaties, em inglês), um pacto internacional para assistência ou cooperação jurídica em matéria criminal.
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Com informações da Agência Brasil.
