• Sábado, 27 de setembro de 2025

Celso Amorim diz que os EUA "não enganam" Lula

Assessor da Presidência deu a declaração ao falar sobre possível "emboscada" organizada pelo governo de Donald Trump.

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, disse nesta 6ª feira (26.set.2025) que os Estados Unidos “não enganam” o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele deu a declaração em entrevista ao UOL ao ser perguntado sobre uma possível “emboscada” para o petista feita pelo governo de Donald Trump (Partido Republicano).

Lula e Trump se encontraram pela 1ª vez na 3ª feira (23.set) nos bastidores da 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e combinaram uma reunião para a semana seguinte. Amorim afirmou que a definição do melhor formato para o encontro ainda está em discussão, mas que tudo é possível combinar.

“Pode haver um 1° passo por telefone para preparar, pode ser num lugar onde os 2 estejam presentes, no meio do caminho para outra viagem. É muito cedo ainda. O importante é a disposição de conversar e ela existe. O presidente Lula ficou contente com as palavras ditas por Trump”, disse.

Durante discurso na ONU, Trump disse que Lula “é um cara muito legal” (“very nice guy”, em inglês). “Eu estava subindo aqui e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos”, disse. “Ele pareceu um bom homem. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com gente que eu gosto. Por cerca de 39 segundos tivemos uma química excelente, e isso é um ótimo sinal”, afirmou.

Amorim comentou o gesto de Trump e disse que “até o momento havia apenas uma relação indireta, por carta, sempre muito tensa”. Segundo ele, não é certo que o encontro vá resolver as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros ou a tensão causada pelo julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, mas considera positivo o desejo de conversa.

“Tenho a impressão de que Trump não teria feito o gesto de abertura se ele estivesse ainda disposto a tomar alguma atitude mais rígida. Já achei que, depois do julgamento de Bolsonaro, sua reação foi mais suave que de alguns outros funcionários”, declarou.

Por: Poder360

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