
São Paulo (SP) 06/04/2025 - 5ª Edição da Caminhada do Silêncio pelas vítimas de violência do Estado, próximo ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos no Parque Ibirapuera. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
O ato terminou no Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera.
A mobilização foi organizada pelo Movimento Vozes do Silêncio, representado pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, Instituto Vladimir Herzog e a Organização dos Advogados do Brasil (OAB-SP). Conta ainda com apoio de diversas organizações da sociedade civil, como a Anistia Internacional Brasil, a Comissão Arns e a União Nacional do Estudantes (UNE), além do mandato do deputado estadual Antonio Donato (PT), autor da lei que incluiu o evento no calendário oficial da cidade de São Paulo.

São Paulo (SP) 06/04/2025 - 5ª Edição da Caminhada do Silêncio pelas vítimas de violência do Estado. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Violência
A coordenadora de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog, Lorrane Rodrigues, acredita que a caminhada contribui para o debate sobre a cultura de violência para além do contexto da ditadura militar.O diretor-executivo do Núcleo de Preservação de Memória Política, Maurice Politi, ressalta a presença na caminhada de mães de jovens mortos pela Polícia Militar. Ele lembra que o ato marca os 61 anos da ditadura e, por isso, foi realizado no primeiro domingo depois das datas relacionadas ao início do golpe (31 de março e 1º de abril). "A caminhada também cumpre o papel de reunir sobreviventes desse período, além de familiares de mortos e desaparecidos", destaca Politi. "Tivemos a presença da Vera, filha do Rubens e Eunice Paiva, da procurador Eugênica Gonzaga, da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, e de vários artistas." Relacionadas"Esse ano estivemos mais próximos de coletivos e movimentos que fazem essa discussão no Brasil contemporâneo. Sentimos o apoio das pessoas, da comunidade, para realizar essa caminhada como esperávamos. E assim a gente marca mais um ponto nessa história", avalia Lorrane.

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