Caio Blat desabafa sobre direitos autorais de atores no streaming
O ator Caio Blat desabafou sobre direitos autorais no streaming após não receber por exibição de Beleza Fatal na Band
reclamou sobre atores não poderem negociar direitos de imagem em algumas produções. Como exemplo, ele citou a novela Beleza Fatal, que foi produzida pela Max e vendida para a TV Band.
O assunto foi pautado durante entrevista no DR com Demori – apresentado por Leandro Demori –, que vai ao ar nesta terça-feira (21/3), na TV Brasil.
“Qualquer novela ou filme que já fiz pode ser colocado no streaming sem me comunicar, nem me pagar”, reclamou o ator. Apesar do desabafo, Blat reconhece a importância do trabalho alcançar um público maior, em trecho divulgado pelo colunista Zean Bravo, do jornal Extra.
O ator assinala que Beleza Fatal, que estreou na TV aberta na segunda-feira (10/3), foi uma das primeiras novelas feitas para o formato de streaming e lembra que a produção fez sucesso. A trama, na qual Blat interpretou o personagem Benjamin Argento, conta com 40 episódios e algumas cenas dirigidas por ele.
“Fizemos a novela para a Max para abrir um novo campo de mercado. Imediatamente a novela foi vendida para uma emissora de TV aberta. A gente ficou feliz porque quer que ela chegue ao maior público possível, mas a gente não tem nenhum direito, nenhuma participação sobre isso. Trabalhamos para o streaming por um valor, para aqueles assinantes. Agora eles negociam, os direitos todos são deles. Podem revender e reprisar”, explicou o ator.
“Só existe direito autoral para o autor da novela e para o diretor. Os atores só têm os direitos conexos. A nossa imagem, voz e interpretação está presa ali. Só que não existe lei no Brasil de direitos conexos como no México, na Argentina, na Espanha e em Portugal”, acrescentou.
Outros projetos de Caio Blat
Ainda na conversa com Demori, fala sobre a adaptação do texto original de Dostoiévski para a peça Os Irmãos Karamázov, inspirada no último romance do escritor russo. O projeto moderniza a trama ambientada na Rússia pré-revolucionária e será a primeira montagem da obra no Brasil.
O primeiro filme dele como diretor, O Debate, também é abordado no papo. O longa tem roteiro de Guel Arraes e Jorge Furtado e elenco estrelado por Débora Bloch e Paulo Betti.
Por: Metrópoles