Cade proíbe Libra e LFU de associarem novos clubes. Entenda o impacto

O determinou, de forma preventiva, que a e a se abstenham de admitir novos clubes como associados até a conclusão do processo que apura supostas irregularidades na formação das ligas do futebol brasileiro. A decisão ocorre após o e se juntarem à LFU. Embora as mudanças estejam previstas apenas para 2030, quando terminam os contratos vigentes, o Cade avalia que essas movimentações podem se enquadrar justamente no objeto da investigação. Em nota, a LFU se manifestou diante da decisão do CADE e declarou cumprir com todas as determinações da entidade. A Libra não se pronunciou sobre o assunto. Confira a nota da LFU na íntegra: “A LFU recebeu hoje uma medida preventiva do CADE, determinando que, até o final do processo atualmente em curso naquela autarquia, se abstenha de praticar atos que tenham por objeto ou possam implicar a admissão de novos clubes em sua estrutura associativa. A LFU reitera que sempre agiu, e continuará a agir, com respeito ao CADE e de acordo com as leis brasileiras. A LFU apresentará, tempestivamente, os documentos que lhe foram solicitados pelo CADE.” Leia também A autarquia apura possíveis práticas de “gun jumping”, termo utilizado quando empresas realizam operações antes da aprovação do órgão antitruste. A suspeita surgiu após a Superintendência do CADE entender que a Libra e a LFU funcionam como uma “joint venture”, o que exige notificação obrigatória por envolver coordenação estratégica e troca de informações sensíveis. Entenda o impacto A decisão do Cade tem como impacto direto a paralisação do processo de expansão e reorganização das ligas do futebol brasileiro. Na prática, o Atlético-MG não poderá formalizar sua entrada na LFU (Liga Forte União), mesmo após ter anunciado publicamente a saída da Libra. O anúncio foi feito pelo Galo na última terça-feira (28/10). Em anúncio oficial, o time mineiro informou que cumpriria o acordo com a Libra, válido até 2029, mas romperia o acordo a partir daquele ano para integrar-se à LFU. A medida também impede que qualquer uma das duas ligas aceite novos clubes, o que interrompe temporariamente as negociações para a criação de uma liga unificada no país. Além disso, o mercado de direitos de transmissão fica em espera, já que o Cade investiga se há concentração indevida de poder econômico entre as associações. O resultado é um cenário de incerteza institucional e jurídica, que afeta diretamente os planos do Galo e de outros clubes interessados em mudar de grupo ou firmar novos acordos comerciais.