Para cumprir esse objetivo, disse, é necessário que o "governo como um todo" compreenda que o esforço vale a pena.
"O presidente Lula assumiu há pouco mais de um ano e meio e nós já tivemos duas elevações de nota. Nós estávamos três degraus abaixo do grau de investimentos e estamos a meio degrau, porque nós estamos a um degrau com viés positivo", afirmou a jornalistas.
Nesta terça, a agência de classificação de risco Moody's Ratings elevou a nota de crédito do Brasil de 'Ba2' para 'Ba1' e manteve a perspectiva do país em "positiva". As notas de crédito dos títulos de dívida do governo estavam inalteradas desde 2016.
O Brasil ainda está no nível especulativo e a um nível do chamado grau de investimento. É neste que o país se torna seguro –ou seja, com baixos riscos de calote para quem investe em seus títulos de dívida.
Segundo a Moody's, o crescimento nos próximos anos permanecerá amplo, com a demanda interna impulsionada por um mercado de trabalho relativamente forte.
O titular da Fazenda afirmou, ainda, que se o país insistir nos ajustes fiscal e monetário, há "uma grande chance" de conseguir a estabilidade da relação dívida/PIB.
Haddad frisou que a recuperação do grau de investimento não está dada e que há um trabalho a ser feito nos campos das receitas e das despesas. "Pode nos permitir reequilibrar as contas, voltar a baixar a taxa de juros e conseguir o grau de investimento."
O ministro ponderou que esse trabalho não é retilíneo e disse que "às vezes o governo tropeça". "O importante é a gente reconhecer que tem um caminho a ser trabalhado e se, porventura, algo sai um pouco do roteiro estabelecido, nós temos toda a liberdade de rever para melhor", afirmou.
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