Os Estados Unidos continuarão cobrando uma taxa de 10% às importações brasileiras durante a pausa de 90 dias na guerra tarifária, anunciada pelo país nesta 4ª feira (9.abr.2025). A informação foi confirmada pelo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent.
Ele foi questionado sobre como ficaria a situação do Brasil e de outros países com o percentual mínimo de 10%. Respondeu que “vai permanecer”. A fala se deu durante uma conversa com jornalistas na Casa Branca, em Washington D.C.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), baixou todas as taxas impostas em 2 abril para 10%. Aliviou a carga para alguns parceiros comerciais, como Japão e União Europeia.
Entretanto, quem já tinha a taxação em 10% não terá mudança alguma –é o caso do Brasil.
As tarifas menores aos produtos brasileiros foram inicialmente eram uma possível vantagem competitiva, segundo economistas. A manutenção da alíquota durante a pausa retira esse eventual benefício.
Só 1 país não terá a tarifa pausada nesta 4ª feira (9.abr): a China. O republicano aumentou de 104% para 125%, sob a justificativa de que a nação asiática retaliou sem diálogo com o governo estadunidense.
A China havia anunciado durante a manhã que aumentará ainda mais as taxas que impôs para as importações dos EUA. Ambos os países estão em um embate sobre as tarifas –e cada vez sobem mais o tom:
O republicano afirmou que às outras nações se deu porque mais de 75 países procuraram representantes do governo norte-americano, incluindo os Departamentos de Comércio e de Tesouro, para negociar uma solução para as disputas comerciais.
Trump disse ainda que esses países não retaliaram contra os EUA, seguindo sua “forte sugestão” de evitar qualquer tipo de resposta negativa. O líder norte-americano deu as declarações em uma publicação no Truth Social.
Trump defende a taxação de outros países desde a sua campanha eleitoral, em 2024. Segundo ele, os Estados Unidos concedem benefícios às outras nações quando se trata de comércio exterior. O objetivo também é impulsionar a indústria local ao restringir a competitividade.
Medidas para carros importados foram anunciadas em 26 de março. Serão colocadas taxas de 25% para todas as nações que vendem os veículos aos EUA.
As tributações adicionais para aço e alumínio começaram em 12 de março. O valor também é de 25%.
