• Sábado, 29 de março de 2025

Bom humor volta ao mercado: dólar cai a R$ 5,70 e Bolsa deslancha

Moeda americana fechou em queda de 0,75%, após três dias de alta, e o Ibovespa subiu 0,57%, aos 132.067 pontos

Os mercados de câmbio e ações retomaram o bom humor nesta terça-feira (25/3). O fechou em queda de 0,75%, cotado a R$ 5,70. Isso depois de três sessões de alta. Na véspera, por exemplo, a moeda americana havia registrado elevação de 0,61%, a R$ 5,75. No mercado de capitais, o , o principal índice da Bolsa brasileira (), registrou alta de 0,57%, aos 132.067 pontos. No dia anterior, ele havia caído 0,77%, aos 131.321 pontos. Na avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da fintech Nomad, os investidores acompanharam nesta terça-feira, no quadro interno, a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (), do Banco Central (BC). O documento faz uma análise e traz justificativas sobre o aumento da taxa básica de juros, a Selic, na semana passada, quando ela foi fixada em 14,25% ao ano. Na interpretação do mercado, diz Shahini, o tom da ata veio mais duro. “Ela sinalizou claramente a possibilidade de um novo aumento da Selic já na próxima reunião do Copom, em maio, sem descartar uma elevação adicional na reunião seguinte, em junho”, diz. “O Banco Central destacou que manterá os juros em patamares elevados pelo tempo necessário para assegurar a convergência da inflação à meta.” Os agentes do mercado consideram esse discurso mais rigoroso do Copom como positivo. Isso porque ele mostra que o BC vai usar a política monetária, ou seja, os juros, para conter a inflação e levá-la para a meta de 3% ao ano ou, ao menos, algo próximo desse valor. Hoje, o Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) está em 5,06% em 12 meses. Desaquecimento nos EUA Além disso, acrescenta o analista, dados econômicos divulgados nos Estados Unidos contribuíram para a valorização do real nesta sessão. “O índice de confiança do consumidor americano apresentou queda acima do esperado em março, marcando o quarto mês consecutivo de retração”, afirma. “Os dados sobre o mercado imobiliário dos EUA também vieram abaixo das expectativas.” Queda de juros Essas informações, observe-se, indicam um eventual desaquecimento da economia americana. Com isso, aumentam as possibilidades de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduzir os juros nos Estados Unidos. Tal perspectiva atenua a tendência de valorização do dólar e, ao mesmo tempo, aumenta a atratividade dos mercados de ações, em especial em países emergentes, como é o caso do Brasil. Pausa de Trump O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também deu uma pausa nas ameaças de elevação de tarifas sobre produtos importados. Na véspera, ele havia retornado ao tema. Disse que, nos próximos dias, estabelecerá a cobrança de impostos sobre diversos produtos. A lista inclui artigos farmacêuticos, semicondutores, automóveis e itens de madeira. O republicano também afirmou que vai fixar uma tarifa de 25% para produtos de países que comprarem petróleo e gás da Venezuela. A medida entrará em vigor em 2 de abril, escreveu o presidente dos EUA em uma publicação na sua plataforma de mídia social, a Truth Social. Avanço da Bolsa Nesta terça-feira, por conta desses fatores, o Ibovespa chegou a registrar uma alta de 1,5%, por volta das 12h50, ultrapassando a marca de 133 mil pontos. Embora o ritmo da elevação tenha diminuído, a maioria das ações teve um desempenho positivo no pregão, com destaque de papéis de grande peso no índice, como os da Petrobras e da Vale, além de ações de bancos como o Bradesco e o Itaú.
Por: Metrópoles

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