• Sábado, 7 de junho de 2025

Bolsa Família não está no radar para bancar IOF, diz Wellington Dias

Ministro do Desenvolvimento Social declara ao Poder360 que seu ministério não será afetado por novo pacote fiscal.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse ao Poder360 que, “a princípio”, não deve haver mudanças na estruturação dos benefícios de seu órgão para bancar as soluções da taxação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

“A princípio, não especificamente. O MDS tem a meta de alcançar maior eficiência no Bolsa Família e BPC [Benefício de Prestação Continuada], com o combate a fraudes e irregularidades”, declarou.

O ministro afirmou que o ministério continuará investindo nas medidas de pente-fino para dar “direito a quem tem o direito”.

Essas medidas geralmente são feitas por revisões cadastrais e buscas ativas por fraudes. Não necessariamente são um ajuste fiscal, porque mantêm a configuração estrutural das despesas.

O governo prepara um novo pacote fiscal para compensar a perda de arrecadação com as consequências de não aumentar a taxação do IOF.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou no sábado (7.jun.2025), em Paris, que a solução para a taxação do IOF como forma de ampliar a arrecadação e cumprir a meta fiscal “já está resolvida”. Não deu detalhes, no entanto, sobre a nova proposta nem sobre o acordo com o Legislativo.

“Foi feita uma belíssima reunião com o Hugo Motta, com o Alcolumbre, com o Haddad, com o Rui Costa, com o Galípolo. Então, está tudo acertado”, declarou Lula, em referência ao encontro realizado em 3 de junho, antes de seu embarque a capital francesa, no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Executivo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá na noite de domingo (8.jun) com líderes de partidos da Câmara na residência oficial de Hugo Motta (Republicanos-PB), para apresentar uma proposta aos deputados.

Como mostrou este jornal digital, Haddad deve atender ao pedido de Motta e derrubar o aumento do IOF sobre o risco sacado  -a antecipação de recebíveis que permite às empresas ter capital de giro.

Outro corte estudado e com efeito imediato nas contas do governo é reduzir o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). O gasto da União será de R$ 58,8 bilhões em 2025 -alta de 18,3% em relação a 2024. A ideia é reduzir o ritmo desse crescimento.

Por: Poder360

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