• Domingo, 7 de julho de 2024

Boi gordo próximo de R$ 230/@; Veja os fatores que impulsionam a alta

Mercado de boi gordo demonstrou uma tendência de alta em várias regiões do Brasil, impulsionado pela redução na oferta de animais de pastagem, pagamento dos salários de junho e um câmbio favorável; Veja o que esperar

Mercado de boi gordo demonstrou uma tendência de alta em várias regiões do Brasil, impulsionado pela redução na oferta de animais de pastagem, pagamento dos salários de junho e um câmbio favorável; Veja o que esperar O  mercado físico do boi gordo volta a registrar negócios acima das referências médias na quarta-feira, 03, apontaram as principais consultorias que acompanham o mercado pecuário. Importante destacar que este movimento se torna mais aparente em São Paulo, estado em que as escalas de abate permanecem encurtadas, sentindo o movimento da entressafra. Movimento de reação nas cotações – todas as categorias para abate – representa alívio aos pecuaristas brasileiros, após fechar o primeiro semestre do ano marcado por fortes baixas, ressaltam os analistas. No início de julho de 2024, o mercado de boi gordo demonstrou uma tendência de alta em várias regiões do Brasil, impulsionado pela redução na oferta de animais de pastagem. Ainda segundo analistas da consultoria Agrifatto, essa escassez levou a um fortalecimento nas cotações já no começo do mês. Em São Paulo, houve um incremento de 0,46% na comparação diária, com a arroba cotada a R$ 225,37.
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    Nessa semana, estados que apresentavam resistência anterior ao aumento nos preços registraram significativas altas. Em Goiás, por exemplo, o preço do boi gordo registrou um acréscimo de 0,64% em comparação ao dia anterior, alcançando R$ 208,57 por arroba. Seguindo essa tendência, Mato Grosso também viu um aumento, com a arroba do boi gordo subindo 0,33%, fechando o dia em R$ 207,31. As condições para alta ainda são favoráveis, considerando o atual quadro de oferta, somado ao forte ritmo de embarques, com volumes impressionantes de carne bovina exportada. “ A movimentação cambial torna a dinâmica de exportação ainda mais interessante, o que sugere o retorno do ágio para animais que cumprem os requisitos de exportação”, disse o  analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Segundo informações dessa quarta-feira, 3, da Scot Consultoria, após a alta registrada na última semana de junho, as cotações do “boi China” e do boi destinado ao mercado interno estão estáveis há seis dias úteis. “ Para as fêmeas, são sete dias úteis de estabilidade“, completou. Ainda segundo a consultoria, o volume de negócios está menor em relação à semana anterior. “Com o avanço da entressafra, a oferta de bovinos terminados em pasto está mais cadenciada, contudo, a saída da boiada terminada do primeiro giro do confinamento, e demais bovinos provenientes de sistemas de semiconfinamento, têm permitido ainda que as indústrias frigoríficas tenham uma escala de abate confortável, ditando a estabilidade do mercado”, acrescentou o analista da Scot.
    Em 2024, até junho, no entanto, a relação de troca tem piorado frente ao ano anterior – o que pode nos indicar uma nova tendência de preços adiante.
    Dessa forma, o preço do boi gordo está apregoado em R$220,00/@, o da vaca em R$195,00/@ e o da novilha em R$212,00/@. Por sua vez, o “boi-China” (base SP) está cotado em R$ 225/@, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a Scot. Mas, conforme destacado anteriormente, negociações acima dessa referência já são concretizadas e preços de R$ 230,00/@ já são firmados. Na B3, em contrapartida ao mercado físico, todos os contratos tiveram ajustes negativos, com o vencimento para jul/24 apresentando um recuo de 0,23% na comparação dia-a-dia, sendo cotado a R$ 233,70/@. A Agrifatto informa que, apesar de certas altas nos preços do boi gordo, as escalas de abate no Brasil continuam confortáveis, mantendo-se em média de 10 dias. Segundo a consultoria, os frigoríficos estão adotando uma abordagem cautelosa, comprando apenas o necessário para equilibrar oferta e demanda e evitar pressões adicionais nos preços. Porém, fatores econômicos como o pagamento dos salários de junho e um câmbio favorável estão impulsionando as cotações. Esses elementos contribuem para um aumento no poder de compra dos consumidores e estimulam as exportações de carne bovina. Os analistas da Agrifatto preveem que essa tendência de alta nos preços pode continuar até pelo menos a primeira metade de agosto.Preços da arroba do boi gordo pelo Brasil
  • São Paulo: referência média para a arroba do boi – R$ 225,38
  • Goiás: indicação média para a arroba do boi gordo – R$ 215
  • Minas Gerais: preço médio da arroba – R$ 215,88
  • Mato Grosso do Sul: indicação da arroba – R$ 214,98
  • Mato Grosso: indicação da arroba – R$ 209,61
  • Atacado O mercado atacadista apresenta preços firmes para a carne bovina. O ambiente de negócios ainda sugere alta das cotações no curto prazo, considerando os efeitos da entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre atacado e varejo. Por sua vez, a carne bovina mantém excelente competitividade na comparação com as proteínas concorrentes, em particular se comparada à carne de frango. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 17,50 por quilo. A ponta de agulha ainda é precificada a R$ 12,75 por quilo. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13 por quilo.

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