Boi do futuro: CRISPR promete carne melhor e rebanhos mais resistentes
Tecnologia CRISPR/Cas9 permite acelerar o melhoramento genético, tornando raças como Angus e Holandesa mais adaptadas ao clima tropical, resistentes a doenças e com carne de qualidade superior.
Tecnologia CRISPR/Cas9 permite acelerar o melhoramento genético, tornando raças como Angus e Holandesa mais adaptadas ao clima tropical, resistentes a doenças e com carne de qualidade superior. A edição genética está abrindo uma nova era na pecuária moderna, transformando a forma como o gado é criado, melhorado e adaptado às condições ambientais. Com o uso da tecnologia CRISPR/Cas9, conhecida como “tesoura genética”, pesquisadores conseguem editar o DNA animal com precisão, introduzindo características desejáveis como resistência ao calor, a doenças e maior eficiência alimentar. O resultado é uma pecuária mais sustentável, produtiva e adaptada ao futuro do clima e da demanda por alimentos de qualidade. A técnica CRISPR/Cas9 funciona como uma ferramenta molecular capaz de cortar e alterar o DNA em pontos específicos. A edição geralmente é feita em embriões, permitindo que as modificações sejam herdadas naturalmente pelos descendentes.
O processo pode introduzir mutações benéficas, como o gene do receptor de prolactina, que auxilia o animal a controlar a temperatura corporal, essencial para regiões tropicais. Essa abordagem é muito mais rápida do que os métodos tradicionais de cruzamento, que exigem várias gerações para fixar uma característica genética. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Entre as principais vantagens da técnica estão:
Precisão e rapidez: edita o DNA com alto controle e reduz o tempo de melhoramento genético.
Segurança biológica: mantém o restante do genoma intacto, minimizando alterações indesejadas.
Eficiência produtiva: animais mais adaptados e saudáveis geram maior retorno econômico.
edição genética traz avanços significativos em várias frentes: 1. Adaptação ao clima: Bovinos editados geneticamente para possuir pelo curto e liso toleram melhor o calor, reduzindo o estresse térmico e mantendo o desempenho produtivo em regiões quentes. 2. Resistência a doenças e parasitas: A tecnologia permite criar animais naturalmente mais resistentes a carrapatos, verminoses e infecções, diminuindo o uso de medicamentos e promovendo uma pecuária mais sustentável. 3. Qualidade e rendimento da carne: O CRISPR pode otimizar genes relacionados à maciez, marmorização e sabor, produzindo cortes mais valorizados no mercado internacional.
4. Aumento da produtividade: Animais mais eficientes na conversão alimentar produzem mais carne ou leite com a mesma quantidade de alimento, o que amplia a rentabilidade do produtor. No Brasil, um projeto pioneiro da Embrapa já resultou nos primeiros bezerros Angus com pelo mais curto, demonstrando o potencial da tecnologia para o clima tropical. A mesma técnica está sendo usada para desenvolver raças leiteiras Holandesas mais resistentes ao calor e doenças, preservando a alta produtividade. Outros exemplos internacionais incluem:
Gado sem chifres, eliminando a necessidade de descorna e reduzindo o estresse animal.
Gado resistente à tuberculose, aumentando o bem-estar e diminuindo perdas produtivas.
Vacas que produzem leite hipoalergênico, graças à desativação do gene beta-lactoglobulina (BLG).
A escolha da raça depende do objetivo da modificação genética. Raças com genomas bem mapeados e de alto desempenho produtivo são as mais utilizadas:
Raça
Objetivo da edição genética
Benefício esperado
Angus
Adaptação ao calor e ganho de eficiência
Expansão da raça para regiões tropicais
Holandesa
Termotolerância e resistência a doenças
Alta produção de leite em climas quentes
Zebu (Bos indicus)
Inserção de genes de produtividade taurina
Combinação de rusticidade e rendimento
Wagyu
Controle de crescimento muscular
Carne com marmoreio premium
Piedmontês / Belga Azul
Replicação do gene MSTN
Maior rendimento de carne (“músculo duplo”)
Apesar dos avanços, a edição genética enfrenta desafios importantes. O principal deles é evitar mutações fora do alvo, que podem causar alterações inesperadas. Cientistas já desenvolvem técnicas mais precisas, como a edição primária, para minimizar esses riscos. Outro ponto é a aceitação pública e regulatória. A aplicação comercial da tecnologia depende de marcos legais que garantam segurança ao consumidor e transparência ao mercado. Além da pecuária, o CRISPR está sendo aplicado para pesquisas biomédicas e até para a produção de proteínas terapêuticas no leite de vacas geneticamente modificadas. O uso da edição genética na pecuária representa uma das maiores revoluções biotecnológicas do século XXI. Ao unir ciência, sustentabilidade e produtividade, o Brasil desponta como um dos países com maior potencial de aplicação da CRISPR/Cas9 no rebanho. A tecnologia promete bovinos mais saudáveis, carne mais nobre e menor impacto ambiental, consolidando o país como líder global em inovação agropecuária.
Por: Redação
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