• Sábado, 31 de maio de 2025

BC divulga ata do Copom que explica 6ª alta de juros nesta terça-feira

No comunicado após anúncio, o Copom afirmou que a decisão foi "compatível" com a estratégia de convergência da inflação à meta

O Comitê de Política Monetária () do divulga na manhã desta terça-feira (13/5), a ata da reunião de maio. No documento, o comitê explicará os motivos para a . A decisão de prolongar o ciclo de aperto monetário (aumento de juros) para seis meses consecutivos foi unânime, ou seja, contou com a aprovação dos oito diretores e do presidente do BC, . A nova subida na Selic era esperada por parte do mercado financeiro, isso porque . Para o Copom, a decisão foi “compatível” com a estratégia de convergência da inflação à meta: “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”. Assim, a Selic voltou ao , fim do primeiro mandato do presidente . À época, a economia brasileira engatou uma onda de crescimento. Copom não deu pistas sobre próxima reunião No comunicado pós-Copom, a diretoria do Banco Central não indicou qual será o movimento para a próxima reunião. O colegiado avaliou que o cenário é de “elevada incerteza”, o que demandaria “cautela adicional” na atuação da política monetária e “flexibilidade” para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação. “O Comitê se manterá vigilante e a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante e dependerá da evolução da dinâmica da inflação”, destacou trecho do texto. Projeções do mercado para juros e inflação As projeções do mercado financeiro para a inflação referente a 2025 seguem distantes da meta. Segundo o mais recente, a estimativa dos analistas consultados pelo Banco Central está em 5,51%. A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula alta de 5,53%. Nesse ritmo e patamar, o IPCA caminha para mais um descumprimento da meta, que é de 4,50% neste e no próximo ano. Em 2025 e 2026, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual — isto é, com piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância. A novidade é que, a partir deste ano, a meta de inflação é contínua, e não mais por ano-calendário. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Confira as expectativas dos economistas: A projeção de inflação para 2026 recuou de 4,51% para 4,50% — voltando para dentro da meta. Enquanto a estimativa de inflação para 2027 segue a mesma da semana passada: 4%. A previsão de inflação para 2028 está em 3,80%. Além do mercado, o próprio BC — que tem o papel de controlar o avanço da inflação por meio da taxa de juros (a ) — informou que . O presidente Gabriel Galípolo chegou a dizer que o Brasil terá que conviver com uma inflação acima da meta, estipulada em 3% (com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual – para cima e para baixo) neste ano. Após a redução na semana passada, o mercado financeiro manteve inalterada a projeção para a , a Selic, deste ano. As estimativas para os próximos três anos seguem as mesmas, confira abaixo: Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano. Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano. Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano. Com isso, os economistas não acreditam que a taxa Selic fique abaixo de dois dígitos até o fim do governo do presidente , em 2026, e sequer do atual mandato de Gabriel Galípolo à frente do BC, que termina em 2028. O que é o relatório Focus O Relatório de Mercado Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado financeiro coletadas até a sexta-feira imediatamente anterior à divulgação do documento. O Focus é tradicionalmente divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central. A autoridade monetária só reúne os dados.
Por: Metrópoles

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