Interpretar um dos maiores ícones da música brasileira não é tarefa simples. Para o ator mineiro , escolhido entre mais de 250 candidatos, viver  no musical  exigiu dedicação, pesquisa e um olhar sensível para cada detalhe da vida do cantor. Em Brasília, o espetáculo será apresentado neste fim de semana, nos dias 31 de outubro, 1 e 2 de novembro, no  da 913 Sul. 
  
 “A parte mais difícil, na verdade, é assumir essa responsabilidade. Olhar para esse artista imenso, cheio de camadas, que é o Djavan, com toda a complexidade da sua obra e a admiração que desperta. Agora que estamos circulando, dá para sentir ainda mais o quanto ele é reconhecido, quantas pessoas conhecem e valorizam o trabalho dele. Então, o primeiro passo foi entender e abraçar essa responsabilidade de interpretá-lo”, contou Raphael em entrevista ao Metrópoles. 
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 Para dar conta da carga vocal e da intensidade dos ensaios, Raphael iniciou o trabalho com uma fonoaudióloga antes mesmo do primeiro ensaio. “Comecei o processo fazendo acompanhamento para fortalecer a estrutura vocal. Ensaiamos 50 dias seguidos, de segunda a sábado, com uma carga horária grande. Canto muitas músicas e estou em cena praticamente o tempo todo, então precisei preparar a musculatura para aguentar o ritmo”, explica. 
 O ator também trabalhou a voz falada, o sotaque e o ritmo da fala do alagoano. Mineiro de  e morando no  há 12 anos, Raphael precisou adaptar sua dicção e entonação para chegar à sonoridade nordestina sem cair em caricaturas. “Fui a Maceió, observei o lugar, o jeito de falar, como as palavras são comidas. É diferente, e eu tinha uma preocupação grande com esse sotaque. Queria que fosse autêntico, com respeito, e não uma versão genérica do Nordeste”, diz. 
 Além da voz e do sotaque, o ator mergulhou na musicalidade de Djavan, a quem atribui o título de “um dos maiores hitmakers do Brasil”. Raphael revisitou discos, assistiu a apresentações antigas e analisou arranjos vocais de diferentes fases da carreira do cantor. 
 

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1 de 5 Djavan - O Musical: Vidas Pra Contar Divulgação 
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2 de 5 Raphael Elias foi escolhido entre 250 atores para viver o cantor nos palcos Divulgação 
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3 de 5 Gal Costa, Caetano e Maria Bethania também são interpretados na peça Divulgação 
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4 de 5 Família de Djavan no musical Divulgação 
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5 de 5 Raphael Elias como Djavan Divulgação
 Uma coisa que chamou atenção dos fãs do cantor foi a semelhança de Raphael com ele.  Porém, o ator garantiu que muito dessa semelhança vem, na verdade, da caracterização e do estudo da obra que fez do cantor, além de sua facilidade para imitar timbres desde pequeno. 
 Um dos momentos mais marcantes da jornada para Raphael foi o primeiro encontro com o próprio Djavan, que assistiu ao ensaio geral do espetáculo. 
 “A primeira vez que falei com ele foi nesse dia. Ele assistiu à peça do início ao fim, com tudo montado. Eu estava tentando manter a tranquilidade, focado no meu trabalho. Quando terminou, ele elogiou muito o espetáculo, disse que estava lindo e nos deu um abraço. Foi como uma bênção para todos nós”, relembra. 
 Fora do musical, Raphael continua envolvido com outros projetos do coletivo Complexo Negra Palavra, do qual é integrante. Ele atua, dirige e assina figurinos e direção de arte em produções que misturam teatro, poesia e comédia e passeiam entre o Rio e São Paulo. 
 Serviço
Djavan – O Musical: Vidas Pra Contar
No Teatro Unip, na 913 Sul. Sexta-feira (31/10) às 20h; sábado (1º/11) às 16h e 20h e domingo (2/11),  às 15h e às 19h. . Classificação indicativa: 16 anos.