Ataque de Israel a Beirute mata 12, incluindo líderes do Hezbollah
Exército israelense diz que comandantes planejavam grande ataque
Israel matou um dos principais comandantes do Hezbollah e vários membros da unidade de elite Radwan do grupo em um ataque aéreo nos subúrbios ao sul de Beirute nesta sexta-feira (20), disseram os militares israelenses e uma fonte de segurança no Líbano. A ação aumentou drasticamente o conflito de um ano entre Israel e o grupo apoiado pelo Irã.
Os militares israelenses disseram que mataram Ibrahim Aqil, identificado como o comandante interino da unidade de forças especiais Radwan, e cerca de 10 comandantes seniores durante uma reunião. Aqil fazia parte do principal conselho militar do Hezbollah, disseram fontes no Líbano à Reuters.
O ataque infligiu outro golpe no Hezbollah após outra ação sem precedentes contra o grupo nesta semana, no qual pagers e walkie-talkies usados por seus membros explodiram, matando 37 pessoas e ferindo milhares. Acredita-se que esse ataque tenha sido realizado por Israel, que não confirmou nem negou envolvimento.
O Ministério da Saúde do Líbano disse que o ataque de hoje matou 12 pessoas e feriu outras 66, nove das quais estavam em estado crítico. As equipes de resgate estavam procurando pessoas sob os escombros de dois edifícios, informou a defesa civil do país.
Imagens mostravam um prédio seriamente danificado e a rua repleta de escombros e carros queimados.
O Hezbollah não fez nenhuma declaração oficial sobre o ataque e não confirmou imediatamente se Aqil era o alvo ou se foi morto.
A coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine-Hennis Plasschaert, disse que o ataque desta sexta-feira em uma área densamente povoada dos subúrbios ao sul de Beirute foi parte de "um ciclo extremamente perigoso de violência com consequências devastadoras. Isso precisa acabar agora".