Eleições
A decisão agora dá início a uma corrida para eleger o próximo presidente dentro de 60 dias, conforme exigido pela Constituição. O primeiro-ministro Han Duck-soo permanecerá como presidente interino até que um novo líder seja empossado. Lee Jae-myung, o líder populista do Partido Democrático, que perdeu para Yoon por uma margem mínima em 2022, é claramente o favorito, mas enfrenta seus próprios desafios legais devido a vários julgamentos por corrupção. Os conservadores, por sua vez, têm um amplo campo de candidatos. "A decisão unânime do Tribunal Constitucional eliminou uma importante fonte de incerteza", disse o professor Leif-Eric Easley, da Universidade Ewha, em Seul, observando como o próximo governo teria de enfrentar desafios, incluindo as ameaças militares da Coreia do Norte, a pressão diplomática da China e as tarifas comerciais de Trump.Lei marcial
O presidente interino da Suprema Corte, Moon Hyung-bae, disse que Yoon violou seu dever como presidente com sua declaração de lei marcial em 3 de dezembro, agindo além de seus poderes constitucionais com ações que foram "um sério desafio à democracia". "(Yoon) cometeu uma grave traição à confiança do povo", disse Moon, acrescentando que a declaração da lei marcial criou o caos em todas as áreas da sociedade, da economia e da política externa. A Human Rights Watch considerou a decisão uma vitória para a resiliência do país, a busca pelos direitos humanos e os valores democráticos. Milhares de pessoas em um comício que pedia a destituição de Yoon explodiram em aplausos ao ouvir a decisão, entoando "Nós vencemos!" Já partidários de Yoon reunidos perto de sua residência oficial assistiram à decisão em um telão em um silêncio atônito. Relacionadas
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