• Terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Ao vivo: STF julga núcleo 2 do inquérito do golpe

Entre os réus estão Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF.

STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar nesta 3ª feira (9.dez.2025) os acusados de integrar o núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado de 2022. Segundo a PGR (Procuradoria Geral da República), eles ocupavam funções estratégicas no governo e atuaram para manter o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder depois da derrota na eleição de 2022.

Afirma que os réus utilizaram cargos públicos para executar ações coordenadas que incluíram desde a redação da “minuta do golpe” –um texto de um possível decreto para implantar estado de sítio ou de defesa, que teria de ser aprovado pelo Congresso– até o planejamento de atos violentos e iniciativas para interferir no processo eleitoral.

Assista ao julgamento:

A acusação diz que parte dos denunciados participou do monitoramento de autoridades e da formulação de propostas para sua “neutralização”, incluindo planos que previam assassinatos e ações armadas. Outros teriam atuado na articulação política e jurídica necessária para amparar um governo de exceção.

O núcleo é formado por:

Outro eixo da denúncia envolve a atuação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no 2º turno das eleições de 2022. De acordo com a PGR, Silvinei Vasques, então diretor-geral da corporação, e Marília Alencar, responsável pela área de Inteligência, coordenaram operações policiais para dificultar o fluxo de eleitores do Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve vantagem eleitoral.

O Ministério Público atribui aos 6 réus 5 crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia foi recebida pela 1ª Turma em abril de 2025.

Para a PGR, o núcleo 2 operou como uma engrenagem essencial do plano de golpe. Cada integrante teria contribuído de forma autônoma, mas convergente, para o objetivo comum de manter Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral de 2022.

Por: Poder360

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