O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta 6ª feira (6.jun.2025) do encerramento do Fórum Empresarial Brasil – França, em Paris. O encontro reúne autoridades e empresários brasileiros e franceses para discutir temas como transição energética e inovação.
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Lula chegou à Paris na 4ª feira (4.jun) e permanecerá no país europeu até a 2ª feira (9.jun). A passagem do presidente pela França, a 1ª visita de um chefe de Estado brasileiro ao país em 13 anos, inclui uma ida à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal), em Lyon, para discutir o combate ao crime organizado. Além disso, ele irá à 3ª Unoc (Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos, em português), evento que será realizado em Nice.
A comitiva do presidente é composta por 19 autoridades, entre ministros de Estado, congressistas, além de nomes como o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
O chefe do Executivo participou de uma cerimônia da Esplanada dos Inválidos, em Paris, ao lado do líder francês, Emmanuel Macron (Renascimento, centro), na 5ª feira (5.jun). Em conversa com jornalistas junto de Macron, Lula classificou a guerra na Faixa de Gaza como “genocídio premeditado” e disse que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud, direita) está guerreando contra os interesses de seu próprio povo. No momento de sua fala, Lula fez uma pausa, emocionado, e falou que é importante que “as potências mundiais deem um basta nisso”.
Lula também citou, na ocasião, a guerra na Ucrânia. Afirmou que a “insanidade mental” por trás da guerra entre russos e ucranianos “está mais que provada” e disse que, desde o início do conflito, o Brasil tem se posicionado contra a ocupação do território ucraniano.
O chefe do Executivo relembrou a declaração conjunta que assinou junto à China saudando as iniciativas de um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Ele pediu que o presidente Vladimir Putin participe pessoalmente das negociações, já que seria um “sinal” que ele faria ao mundo de que está interessado na “construção da paz”.
Por fim, pediu que Macron “abra seu coração” para finalizar o acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Lula disse que não pretende deixar a presidência do bloco sul-americano sem que as tratativas estejam concluídas.